Domingo, 22 de Agosto de 2010

Black Button (2007)

 

A menos de uma semana da estreia do filme "The Box", de Richard Kelly, que conta com a participação de Cameron Diaz no papel principal, achei de bom tom trazer aos leitores do GT a crítica a uma curta que se baseia numa premissa semelhante à do filme mencionado.

 

"Black Button", realizada por Lucas Crandles, é uma curta de cerca de 7 minutos de duração (disponível em http://www.youtube.com/watch?v=QrKnhOJ-R80) que nos coloca numa sala, lado a lado com Jeffrey Roberts (Hayden Grubb) e um estranho homem (Robert Grubb) com uma proposta, no mínimo, suspeita...

 

A proposta consiste no seguinte: Jeffrey poderá ganhar 1 milhão de dólares bastando-lhe, para tal, carregar no botão negro que tem à sua frente. Mas atenção... a escolha entre pressionar ou não o botão não suscitaria grandes dúvidas, não fosse o facto de, ao tomar essa acção, Jeffrey estar a ser responsável pelo fim de uma vida humana. Pode ser um homem, uma mulher, uma criança, um criminoso, ou uma vida inocente. Você, que decisão tomaria? Carregava no botão e ficava com o dinheiro, ou preferiria abandonar a sala de mãos a abanar, mas de consciência tranquila?

 

Esta dicotomia, do certo e do errado, qual a melhor decisão a tomar, não é de agora, e muito menos esta representação do botão tem aqui a sua primeira projecção. Porém, este é um daqueles trabalhos que vagueiam pelo Youtube e que são meritórios de visionamento. A prová-lo estão os prémios atribuídos, tanto pelo próprio Youtube, de 6º finalista para a categoria de Melhor Curta, bem como em festivais, nomeadamente Fitzroy e DearCinemaFest.

 

Não será portanto demais referir que, acima de tudo, esta primeira curta profissional de Crandles, que lhe custou somente 200$, prima pelo discurso, interacção convincente dos dois personagens, bem como pela densidade de acção, que prende o espectador até ao twist final, bastante original. A nível técnico, dentro das limitações características numa produção do género, pode classificar-se como competente, simples é certo, mas adequado ao tema abordado.

 

Agora, resta-nos esperar que "The Box" seja, senão melhor, pelo menos equiparável a este "Black Button", uma crítica proeminente a uma sociedade cada vez mais dominada pelo desejo de consumo.

 

"You had the key to salvation."

 

Nota Final: 7 / 10

 

 

 


Quarta-feira, 4 de Agosto de 2010

Meet Dave (2008)

 

Estranhos seres chegam à Terra sob a forma de... um homem perfeitamente normal?

 

Algo não bate certo nesta questão, mas vejamos. Extraterrestres com a forma humana, mas de tamanho muitíssimo inferior, vieram à Terra em busca da salvação para o seu planeta. A particularidade, é que se fazem transportar por uma nave espacial que apresenta a forma de um ser humano. Agora, os pequenos seres, terão de comandar a sua nave tendo em conta comportamentos, acções e emoções de um comum terráqueo.

 

Porém, o problema não fica por aí... A única maneira de salvarem o seu planeta implica a destruição do nosso. E se a início nada os parece demover dos seus intentos, aos poucos a tripulação percebe que somos muito mais que seres capazes de violência e imoralidade...

 

Todos sabem o que Eddie Murphy é capaz de proporcionar num filme em que seja protagonista. Recordar-se-ão imediatamente de "Um Príncipe em Nova Iorque", por exemplo, que é, sem dúvida alguma, das comédias mais bem conseguidas dos anos 80. Então, fiquem os espectadores sabendo que não, ainda não foi desta que Murphy voltou aos seus dias airosos de comédia pura.

 

A verdade é que, uma vez mais, a fita não está ao nível do carismático actor. Interpretando não só a nave (que dá pelo nome de Dave Ming Chang), como ainda o seu capitão, Murphy consegue, com as suas caretas características e um humor corporal bastante apurado, arrancar algumas risadas. Porém, a falta um argumento mais consistente acaba por ser um tremendo let down. Fraco, previsível, infantil e forçado são as palavras mais adequadas para descrever esta fita de 90 minutos de duração.

 

Desta forma, "Meet Dave" só consegue a nota que se segue pela presença do protagonista, sendo lamentável constatar que Hollywood carece de qualidade argumentativa no que a comédia diz respeito.

 

Resta-nos esperar que Murphy saia rápidamente deste ciclo de películas menores, e que possa, quem sabe, colmatar a referida lacuna.

 

"This planet rocks. Deal with it!"

 

Nota Final: 5 / 10

 

 

 


Por Mafalda às 23:42
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Quarta-feira, 28 de Julho de 2010

Contraluz (2010)

 

Quem me conseguir convencer que não perdi 90 minutos, numa sala de cinema recheada de casais, a ver "Backlight", que mo comunique com a maior brevidade possível. Porque se não fosse pela excelente companhia, muito provávelmente a minha cabeça não teria albergado outro pensamento que não o de sair da sala.

 

Isto porque acabei por me deparar com o típico filme de sábado à tarde, com uma história que relaciona diversas personagens, mostrando as suas fraquezas e situações de desespero, jogando com os acontecimentos que podem mudar o curso de uma vida, bem como a dicotomia entre vida e morte. Somos levados a assistir às mesmas acções, num mesmo espaço temporal, somente com a diferença de perspectiva, técnica esta que se apresenta mesmo como uma das poucas mais valias da fita.

 

Existem bons elementos, é verdade, como uma narrativa dinâmica, uma ideia que bem explorada poderia dar frutos e, inequívocamente, o seu carácter humano, amplamente presente na fita. Mas tudo está mal aproveitado. As prestações dos actores são realmente fracas, as piadas são do mais forçado que se possa imaginar (Justin Time... i mean, what the...), e os clichés sucedem-se a olhos vistos (e atenção, relembro o preclaro leitor que não encaro este factor como sendo necessáriamente prejorativo).

 

Soube-me a pouco esta 4ª longa metragem de Fernando Fragata (o realizador responsável por "Pulsação Zero", "Pesadelo Cor-de-rosa" e "Sorte Nula"), que poderia muito bem manter o trailer, fazer dele uma curta et voilá! Um óptimo e interessante projecto. Reconheço porém o marco que foi alcançado por Fragata. O carácter hollywoodesco que tentou imprimir na película é notório, e reflecte-se qualitativamente em determinados pormenores, mas especialmente na fotografia, que se exprime por cenários lindíssimos, e que transmitem um profissionalismo que pode, quem sabe, vir a ser transmitido além terras lusas.

 

Agora, caso tenha oportunidade de rever a fita, muito provavelmente me vai sair um sentido "Ai não!". Sim, aquela expressão que ficou registada na minha cabeça, proferida por uma espectadora sentada atrás de mim e do Diogo, e que deveria ser a citação no final da crítica. Mas como não devo fugir ao registo habitual, vou antes utilizar, as usual, uma citação do filme, que encaixa que nem uma luva para o sentimento com que abandonei a sala de cinema do Colombo:

 

"Please, make a u-turn. You're on the wrong course to your destination."

 

E não é que estivemos mesmo?

 

Nota Final: 5 / 10

 

 

 


Por Mafalda às 10:12
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Domingo, 25 de Julho de 2010

Fantastic 4: Rise of the Silver Surfer (2007)

 

Coisa (Michael Chiklis), Mulher Invisível (Jessica Alba), Senhor Fantástico (Ioan Gruffudd) e Tocha Humana (Chris Evans) estão de volta numa nova aventura. Desta feita, os 4 super heroís terão de enfrentar o Surfista Prateado (Doug Jones, mas com voz a cargo de Lawrence Fishburne), um mensageiro intergaláctico que se desloca até ao planeta Terra, espalhando o terror e, assim, preparando-o para a destruição às mãos do seu senhor, Galactus, o Devorador de Mundos.

 

A história retirada da BD é dotada de milhares de fãs, podendo ser esse um dos factores que leva o espectador a querer, de facto, apreciar a fita a um nível superior ao de simples entretenimento. A história, os personagens (especialmente o Surfista, um dos mais cool da Marvel), os efeitos especiais... Com o argumento certo, seria certamente um projecto ganho. Mas essa façanha, não passa de uma missão quase impossível.

 

Estou a escrever a crítica à medida que vejo o filme (situação semelhante àquela em que me coloquei aquando do visionamento televisivo de "Ghost Rider"... sim, um outro filme que tem um excelente personagem nos comics e se vê defraudada cinematograficamente), e reforço a opinião que tinha anteriormente: o filme é fraco em densidade, simplista, e com profundas falhas de argumento (já para não falar nas sequências sofríveis entre a artificial Alba e o inexpressivo Gruffudd). Dentro do leque actoral, salvam-se Evans e Chiklins, nos seus habituais momentos de comédia (ainda que um pouco forçados, confesso).

 

Mudanças de planos demasiado rápidas, diálogos ocos e um estudo da personagem do Surfista quase que inexistente são algumas das características que pautam esta sequela que consegue, ainda assim, assumir-se como superior em relação ao anterior capítulo da saga. Não é terrível, mas também não é o melhor. Para tal efeito, o melhor será referenciar novamente "Dark Knight", essa sim, uma das melhores (se não mesmo, a melhor) película de heróis fantásticos.

 

De mencionar ainda o meu profundo pesar pela representação de Galactus. Digamos que esperava mais que uma nuvem de poeira... E o regresso forçado do Dr. Doom (Julian McMahon), não convence. Um vilão demasiado soft.

 

Eis pois o simples blockbuster ao qual deverão assistir por respeito a Lawrence Fishburne e à sua técnica que permitiu atribuir tanta personalidade a um personagem com tão limitado "tempo de antena". Que venha a fita dedicada ao Silver Surfer! Mas sem Tim Story no comando.

 

"There's always a choice."

 

Nota Final: 5.5 / 10

 

 

 


Por Mafalda às 23:33
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Domingo, 9 de Maio de 2010

Iron Man 2 (2010)

 

 

Olho para o lado, e sinto o braço que lhe suporta a cabeça a deslizar lentamente. Inclino-me na cadeira da sala de cinema, e vejo que sim, ela já adormeceu. A uma meia hora do fim. Como é que tal é possível, com tanto barulho?!

 

Deixa-me incrédula, a princípio, mas até percebo. Não é só por ela estar cansada. É também porque, de facto, a fita está uns furos abaixo do primeiro filme, mais a nível de história que propriamente de acção. E esse foi um factor sentido por todos nós que nos deslocámos ontem ao Colombo para assistir a "Homem de Ferro 2".

 

A história tem lugar pouco tempo depois da que nos foi narrada no primeiro filme. Tony Stark (Robert Downey Jr.), que todos sabem ser a verdadeira identidade do Homem de Ferro, acaba de inaugurar a Stark Expo, uma exposição que pretende reunir as melhores invenções das mais brilhantes mentes criativas de todo o mundo, com um só objectivo: criar um futuro melhor para as gerações seguintes.

 

Mas nem tudo são rosas na vida do carismático Stark. Se por um lado se vê a braços com o governo norte americano e com o empresário Justin Hammer (um versátil Sam Rockwell), que quer a todo o custo ver-lhe cedida a tecnologia do fato do Homem de Ferro, por outro, a própria saúde de Tony tem-se vindo a deteriorar, por culpa do gerador que o mantém vivo, e que funciona à base de paládio, um composto que tem proporcionado um aumento dos níveis de toxicidade do sangue do empresário.

 

Para complicar ainda mais as coisas, surge uma entidade em busca de vingança... Ivan Danko (Mickey Rourke), filho de Anton Vanko, um físico russo que trabalhou, juntamente com Howard Stark, o pai de Tony, na criação do já referido gerador. Agora, usando essa mesma tecnologia, Ivan pretende repor a justiça para o seu pai, que morreu em declínio e absoluto esquecimento.

 

E claro, não descurando a vertente amorosa do filme, eis que também a relação de Tony e Pepper Pots (Gwyneth Paltrow) se ve "ameaçada", não só pelo facto de Tony tentar omitir o seu verdadeiro estado de saúde, como ainda pela presença de Natasha Romanoff (Scarlett Johansson) que vem como que balançar os sentimentos de Stark.

 

Uff... parece que abordei todos os pontos da história. Novos personagens, novas histórias que condimentam q.b. o caminho para o aguardado filme "The Avengers", com estreia prevista para 2012. Muitos pormenores podem ser referidos, desde o aparecimento do escudo do Capitão América, bem como a cena pós créditos em que aparece nada mais nada menos que um famoso martelo de um herói da Marvel...

 

Mas voltando à fita em questão. A profundidade e estudo dos personagens é um pouco descurada, é verdade, mas dado que está já confirmado um terceiro capítulo da série, pode ser que o espectador veja colmatada essa falha. De abonatório aparecem as sequências de acção que, embora tenham uma resolução demasiado rápida (tudo parece fácil para o herói vermelho e dourado), estão bastante bem conseguidas. E claro, a faceta de one man show do protagonista Downey Jr. ajuda amplamente na qualidade da fita, já para não falar da excelente banda sonora, numa onda maioritariamente AC/DC. Bom toque Jon Favreau.

 

É um blockbuster, e cumpre a sua função. Mas a verdade, é que um maior cuidado com a história teria sido bem vindo.

 

"It's good to be back!"

 

Nota Final: 7 / 10

 

 

 


Domingo, 7 de Março de 2010

District 9 (2009)

 

No inicio da década de noventa aparece uma nave a sobrevoar os céus de Johannesburg (capital da África do Sul). Com a nave avariada e sem forma de regressar ao seu planeta, as criaturas que vinham na nave são postas numa zona da cidade criada de propósito para as albergar. Rapidamente esta zona se transforma numa espécie de favela chamada Distrito 9. Depois de muita confusão à volta do Distrito 9, a MNU (MultiNational United), organização criada para controlar a situação, decide recolocar as criaturas numa nova zona. O funcionário Wikus Van Der Merwe (Sharlto Copley) é designado para liderar a equipa que terá de informar aos habitantes da favela que irão mudar de lugar.

Com orçamento de 30 milhões de euros, District 9 apresenta-se como um dos melhores filmes de 2009. Apadrinhado por Peter Jackson (podem esperar para a próxima sexta pela critica a Lovely Bones) e realizado por Neill Blomkamp, este filme é muito mais que pura ficção-científica, é um apelo à reflexão da consciência humana e dos direitos que todos nós temos. Apesar do pequeno orçamento, os efeitos especiais estão bastante acima da média e praticamente não se notam diferenças para as grande produções de Hollywood. 

Em relação ao elenco não se pode dizer muito pois tudo gira à volta de Sharlto Copley que apesar de não deslumbrar, tem um desempenho bastante agradável e regular em frente às câmaras.

Criativo e inteligente, District 9 é sem dúvida um marco na história do género. Veremos o que esta noite de óscares reserva para esta pequena pérola. Uma pequena nota final para a excelente campanha de marketing que foi criada aquando a estreia nos cinemas em solo nacional.
 
"When dealing with aliens, try to be polite, but firm. And always remember that a smile is cheaper than a bullet." 

Nota Final: 9 / 10

 

 


Sábado, 30 de Janeiro de 2010

Alive in Joburg (2005)

 

 

Curta metragem de ficção-científica que apaixonou Peter Jackson ao ponto deste se ver quase que na “obrigação” de convidar Neill Bloomkamp para partir com ele numa jornada cinematográfica intitulada “Halo”, filme baseado no jogo homónimo.

 

Contudo, o projecto acabou por ser cancelado, e a opção que surgiu foi a que acabou por resultar no filme “District 9”: seguir a ideia desta curta de Neill.

 

Tendo Joanesburgo, África do Sul, como pano de fundo, “Alive in Joburg” coloca-nos em íntimo contacto com a vida de um grupo de extraterrestres que, desde que chegaram ao nosso planeta, vivem isolados do resto da população, num local que se assemelha em tudo a um bairro social sem as mínimas condições. Agora, após anos de isolamento, os alienígenas ambicionam um regresso a casa...


Com uma concepção documental bastante credível, e efeitos especiais competentes, Bloomkamp (o responsável pelo famoso anúncio televisivo ao Citroen C4, bem ao estilo “Transformers”) consegue 6 minutos de puro deleite visual e cognitivo, permitindo uma abordagem bastante original ao já mais que explorado tema de fitas de ficção científica: uma “invasão” extraterrestre. Embora confesse que a sequência inicial poderia estar mais bem conseguida.

 

De referir que a veracidade da fita, nomeadamente nas entrevistas, tem uma boa explicação. Os entrevistados são, de facto, moradores pobres do bairro de Soweto, e quando questionados sobre os “illegal aliens” responderam como se de imigrantes se tratasse, uma vez que “illegal aliens” significa também “imigrantes ilegais”.


Um ponto que me desagradou foram alguns pormenores na composição dos extraterrestres, nomeadamente o facto deles se encontrarem vestidos com roupas humanas. Uma situação deveras caricata...

 

Produzido por Simon Hansen e Sharlto Copley (que assume também o papel de protagonista em “District 9”) e lançado pela Spy Films, estamos perante uma clara crítica ao racismo e que frisa bem o que foi o apartheid, invocando-o para seres não humanos.

 

Agora, resta-me ver “District 9” e confirmar se a boa premissa saiu a ganhar com a transformação em longa metragem. Mas para já, estão disponíveis os 6 minutos que lhe deram origem: http://www.youtube.com/watch?v=iNReejO7Zu8.

 

We don't want to be here, this place doesn't want us... we have nothing, nothing.

 

Nota Final: 7 / 10

 

 

 

 


Por Mafalda às 20:19
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Terça-feira, 19 de Janeiro de 2010

Ataque de Pánico! (2009)

 

 

Curta que se tornou mundialmente famosa pelo seu upload no Youtube, em Novembro de 2009, e que parece ter já encontrado potenciais interessados na sua adaptação para longa metragem.

 

O realizador da curta, o uruguaio Federico Alvarez, terá já mesmo sido contactado no sentido de transformar os seus 300 dólares de investimento, num filme de 30 milhões de dólares com a ajuda da Ghost House Pictures, os estúdios de Sam Raimi, responsável pela saga de “Spider Man”.

 

A chave do sucesso? Ficção científica. Pura e dura. É retratada a chegada à Terra (mais especificamente a Montevideo, a capital do Uruguai) de um exército de robôs gigantes que serão os responsáveis pela nossa destruição.

 

Estão lançados os dados de uma bela produção que começa na inocência de uma criança e acaba na terrível percepção do domínio das máquinas.

 

Embora com um guião simples, facto é que a excelência obtida na componente gráfica, tendo em conta os custos, é de aplaudir. Para a sua composição foram utilizados programas como Adobe Premier, Adobe After Effects, Adobe Photoshop, 3D Studio Max e Boujou.

 

A edição sonora está igualmente bem conseguida, sendo a banda sonora adequada a estes 5 minutos, aproximadamente, recheados de acção. A fotografia também não foi deixada ao acaso, aproveitando diversos monumentos da cidade e conferindo, por isso, mesmo maior veracidade e “desespero” à acção que se desenrola.

 

Obviamente que as questões que se levantam em “Panic Attack!” (nome fraquinho... eu sei), que demorou um ano a ser concebida (com várias interrupções pelo meio, segundo o próprio realizador), permanecem sem resposta, e assim será até à realização do longa. As expectativas são altas, e aguardaremos pacientemente pela sua produção.

 

Mas para já, assistam a este produto com selo Murdoc Film (um colectivo uruguaio responsável pela produção de curtas, videoclips e anúncios publicitários) em http://www.youtube.com/watch?v=-dadPWhEhVk.

 

E em forma de apontamento final, há que referir ainda que esta curta se inspirou numa outra de seu nome “Tyrants from Afar” (ou “Geweldenaren van Ver”, o título original holandês) e que contará também com crítica brevemente aqui no vosso GT.

 

Nota Final: 8 / 10

 

 

 


Segunda-feira, 11 de Janeiro de 2010

Children of Men (2006)

 


 

Londres, 16 de Novembro de 2027. A taxa de infertilidade atinge os 90% e a pessoa mais jovem do mundo (com apenas 18 anos de idade), foi assassinada.

 

Um início arrasador. Contido, seco, frio, povoado por um sentimento de perda generalizado. Quase comparável à morte de uma celebridade mas, neste caso, bem mais que isso. É uma tomada de consciência do envelhecimento de uma sociedade à beira da extinção.

 

Violentas lutas e um profundo estado de anarquia ditam as leis da rua. Uma rua onde um solitário burocrata revoltado, Theo (Clive Owen), se vê involuntariamente submerso numa missão capaz de impedir a extinção do Homem. A missão de garantir a sobrevivência da última mulher grávida, Kee (Clare-Hope Ashitey).

 

O realizador mexicano Alfonso Cuarón, responsável pelo 3º capítulo da saga cinematográfica de Harry Potter, recria a atmosfera de “Os Filhos do Homem” como um painel “cinzento”, desprovido de qual magnificência ou fulgor. É amarga, assustadoramente próxima de algumas realidades que já hoje começamos a experiênciar.

 

Um guião bem estruturado se apresenta perante o olhar do espectador, a quem Clive Owen consegue sempre transmitir um “quê” deveras intrigante a cada um dos seus personagens, e este é manifestamente mais um destes casos. Julianne Moore também se apresenta em boa forma como a revolucionária Julian, assim como o eterno Michael Caine com o seu Jasper, um cartonista político, amigo de Theo.

 

Uma banda sonora adequada e planos de camara competentes, alguns em estilo documentário que fazem as delícias de qualquer espectador, fazem desta adaptação do livro homónimo de P.D. James, de 1992, uma fita recheada de pormenores e em que nada foi deixado ao acaso. Senão, que dizer do cenário desolador de uma escola abandonada, da luta por preservar alguma identidade cultural que ainda reste, e da composição de um retrato que quase nos retorna à conduta Nazi, que figurará sempre como uma das mais vergonhosas épocas da história humana? São estes pormenores que destacam esta película das demais com sentido apocalíptico, embora o seu guião seja algo previsível em alguns pontos, mas mantendo uma singularidade que o coloca no conjunto de filmes de topo.

 

De mencionar a sequência final, os ecos.. a sobreposição dos sons das balas sobre os gritos, e um choro... que finda um massacre. Os créditos finais que começam com sons de crianças, embora o final esteja aberto a uma leitura mais vasta do que a do simples “final feliz”. Uma conotação religiosa, com base no milagre que é o nascimento de uma criança, mas também no sacrifício próprio por aquilo que acreditamos ser um bem maior. Tal como a personagem de Owen o fez.

 

Uma curiosidade ainda a referir, é a existência de um take de 6 minutos de duração, sem cortes de qualquer espécie. Uma pequena proeza da qual Cuarón certamente se orgulha.

 

Um retirar e atribuir de esperanças que mexe com os nossos ideais, e nos faz pensar no que o futuro cada vez mais próximo nos pode reservar. Uma sobrevivência mergulhada no caos, uma lição e um dos melhores filmes de sempre.

 

As the sound of the playgrounds faded, the despair set in. Very odd, what happens in a world without children voices.”

 

Nota Final: 9 / 10


 

 


Sexta-feira, 25 de Dezembro de 2009

G.I. Joe: The Rise of Cobra (2009)

 


Porquê? Porquê esta adaptação completamente oca dos bonecos da Hasbro?

 

Enfim... Como o espectador já deve ter percebido, fui uma das pessoas que assistiu ao filme e que não se deixou "deslumbrar" nem pelo herói Duke, interpretado pelo atlético Channing Tatum, nem por mais uma prestação silenciosa, mas competente, de Ray Park (que já vimos em "Star Wars" no papel de Darth Maul) enquanto Snake Eyes, nem pelos efeitos especiais que, dou o braço a torcer, conseguem entreter quem vá com poucas expectativas para a sala de cinema.

 

A história do filme é muito simples: James McCullen (Christopher Eccleston) é um traficante de armas que planeia dominar o mundo através da criação de um exército de soldados nanotecnológicos, e por isso mesmo, mais fortes que os comuns humanos. Por forma a espalhar o terror, e dar início a uma nova era, pretende utilizar 4 ogivas concebidas com a mesma tecnologia, e que têm capacidade para destruir uma cidade inteira. É aqui que a equipa G.I. Joe entra em acção...

 

Stephen Sommers, o realizador de “Van Helsing” e “The Mummy” sofre aqui do mesmo mal que nos seus outros filmes (embora confesse o meu particular gosto por “The Mummy”), ou seja, consegue criar boas sequências de acção, mas com um argumento vazio e bastante parco em qualidade. E mesmo a acção é apressada, sem nexo por vezes, culminando num final atabalhoado e criado única e exclusivamente para permitir um insondável número de sequelas.

 

O mesmo se pode dizer das personagens, que conseguem uma profundidade igual a uma tábua rasa... Só Sienna Miller foge a esse rótulo, brindando o espectador com uma prestação deveras... sexy com a sua Baronesa, a vilã da história. E sim, também aqui o voyerismo para com a actriz está presente e diria até, bem latente. Mas numa fita em que as representações são quase que secundárias, dada a maior importância dada aos efeitos especiais, a jovem actriz britânica foi a única que me conseguiu convencer, num registo bad girl totalmente diferente daquele a que nos tem habituado.

 

Desta forma, “G.I. Joe: Ataque dos Cobra” vale somente pela acção frenética, efeitos especiais (que são, a par de Sienna, as únicas mais valias da fita) e pela quantidade industrial de vidros partidos.

 

Nada relevante e com uma potencial sequela a caminho, assim é um blockbuster rentável nos dias que correm...

 

Technically, G.I. Joe does not exist, but if it did, it'd be comprised of the top men and women from the top military units in the world, the alpha dog's. When all else fails, we don't.”

 

Facto, é que falharam.

 

Nota Final: 4 / 10

 

 

 


Por Mafalda às 23:04
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Quarta-feira, 23 de Dezembro de 2009

Avatar (2009)

 

 

Deslumbrante, único, um marco cinematográfico. O realizador James Cameron alcançou mais um feito, desta vez com a história de Jake Sully (Sam Worthington), um ex-marine confinado a uma cadeira de rodas, que foi convocado para uma missão no planeta Pandora.

 

A missão consiste na procura de um valiosíssimo mineral que é utilizado na Terra como fonte energética, localizando-se precisamente no seio da comunidade Na'vi, os habitantes daquele planeta.

 

Por forma a ganhar a sua confiança, estudar os seus costumes, e conseguir preciosas informações de como chegar ao mineral, Jake, através de um altamente avançado programa de avatares, vê a sua mente transportada para o corpo de um robusto Na'vi. E é aqui que o conflito interior do jovem tem lugar... Deverá ele lutar ao lado dos da sua raça, ou ao lado daqueles que agora o acolheram?

 

O filme é um deleite visual para o espectador, e a sua abordagem tridimensional é quase que obrigatória. Desde as paisagens, até às criaturas... Tudo é abordado com um enorme cuidado e bom gosto. Sim, a história é mais que vista, recheada de clichés, e sabemos desde cedo o desfecho provável, mas nem por isso o interesse do filme se vê gorado.

 

Certo mesmo é que Cameron é um mestre, e os 300 milhões de dólares que tornam “Avatar” no filme mais caro de sempre renderam, e bem! Nunca na vida, e afirmo-o com toda a convicção, vi uma tão perfeita simbiose de imagens reais com o mais refinado CGI. Esqueçam tudo o que viram até agora, e marquem uma nova etapa do cinema a partir do sucessor de “Titanic” no que aos sucessos do realizador diz respeito (já repararam como o senhor marca décadas com cada filme que faz? “Terminator” é mais um exemplo disso mesmo!).

 

A nível interpretativo, o leque de actores brinda-nos com convincentes performances. Quem me conhece bem sabe que opinião tenho sobre Michelle Rodriguez... Pois agora cabe-me dar o braço a torcer e dizer que, de facto, gostei imenso da sua prestação. A sua personagem, Trudy Chacon, embora com pouco tempo de intervenção, marca pela positiva. Nota de referência ainda para Sigourney Weaver, em boa forma, mas com uma condução do personagem que me confundiu um pouco. Gostaria de ter visto o “mau feitio” da personagem um pouco mais aprofundado, mas esteve a bom nível, assim como Stephen Lang, o implacável coronel Miles Quaritch. Com uma condição física invejável, Lang revelou-se o vilão perfeito, com tiradas que denotam bem o cariz político que Cameron tentou induzir na película.

 

Por fim, de frisar que “Avatar” é apontado como o novo salvador da indústria cinematográfica de Hollywood. As condições para tal estão reunidas, portanto não será de estranhar que o consiga!

 

Quase 3 horas de duração que servem como prenda de Natal antecipada para qualquer cinéfilo que se preze. Um verdadeiro must see!

 

Everything is backwards now, like out there is the true world and in here is the dream.”

 

Nota Final: 9 / 10

 

 

 


Quinta-feira, 19 de Novembro de 2009

Re-Animator (1985)

 

 

Im-per-dí-vel. Mark my words on this one.
 

Inserido no culto dos mestres de terror vivos do MOTELx, este “Re-Animator” de Stuart Gordon é sem dúvida um dos mais conhecidos, populares e aclamados filmes dentro do género do terror.
 

Gordon apresenta-nos a história de Herbert West (Jeffrey Combs), um brilhante cientista que conseguiu criar em laboratório uma estranha substância capaz de dar vida aos mortos. Após a morte de um professor seu, na Suíça, West vê a oportunidade perfeita para testar a substância. Contudo, a experiência corre mal, e o jovem médico é de seguida transferido para uma faculdade de medicina americana, a Miskatonic University, onde continua os seus estudos.
 

É lá que conhece Daniel Cain (Bruce Abbott), um promissor médico cujo principal objectivo é salvar vidas. Vendo na substância de West uma hipótese de dar a vida aos seus potenciais pacientes, Dan ajuda-o a ter acesso à morgue do Hospital onde trabalha. Lá são realizadas novas experiências, que correm igualmente mal, e é nessa altura que os seus estudos se vêem expostos e cobiçados por Carl Hill (David Gale), um médico cujo maior desejo é possuir a noiva de Dan, a ingénua Megan (Barbara Crampton).
 

Conseguirão agora Dan e Herbert evitar que a substância caia nas mãos do vil médico?
 

Irreverente, inovador, demente e extremamente divertido. Uma masterpiece brilhante a vários níveis, desde o argumento (adaptação livre da obra de H. P. Lovecraft, “Herbert West: Reanimator”), até às interpretações por parte de todos os actores, efeitos especiais (a chegada do Dr. Carl Hill ao escritório, com a sua cabeça a ser transportada pelo seu próprio corpo decepado, por exemplo, está brilhantemente conseguida), montagem, técnicas de filmagem. Nada é deixado ao acaso nesta longa metragem que garantiu uma das melhores audiências na 3ª edição do Festival Internacional de Cinema de Terror.
 

Filme trash por excelência, ou típicamente série B, se preferirem, “Re-Animator” prima pela apresentação de cenas totalmente explícitas e corrosivas, de um refinado humor negro e de inteligentes diálogos, provando que o terror é também uma categoria digna dos melhores clássicos.
 

Desta forma, caro leitor, não se pode considerar verdadeiramente fã do género se nunca visualizou esta película, portanto, apresse-se a fazê-lo!
 

Who's going to believe a talking head? Get a job in a sideshow.”
 

Nota Final: 9 / 10

 

 

 


Sexta-feira, 11 de Setembro de 2009

Lazarus Taxon (2008)

 

 

Se deixar a crítica em branco fosse uma fiel representação do silêncio que se abateu sobre a sala 3 do cinema São Jorge após a visualização desta curta, então, seria mesmo isso que deveria fazer.

 

Por falta de compreensão do final (confesso que foi o meu caso) ou simplesmente por desilusão, certo é que “Lazarus Taxon” não arrancou sequer um solitário bater de palmas.

 

Encarando as mudanças climatéricas como agente apocalíptico, acompanhamos a jornada de um pai (Ariel Casas) que transporta o cadáver da filha (Maia Jenkinson), para que esta possa ser ressuscitada.

 

Paleontológicamente falando, o nome desta curta de Denis Rovira van Boekholt refere-se a uma espécie que deixou de existir, mas que reaparece anos mais tarde. Funciona portanto como metáfora para o que aquele homem cansado, desesperado, mas que ainda assim encontra forças graças ao amor incondicional pela filha, procura ao atravessar o Novo Mar num simples bote.

 

A príncipio somos atraídos por uma caracterização sublime, deslumbrantes planos de acção e uma fotografia sombria e envolvente, que funciona como promessa de algo maior por vir. O cenário de devastação e isolamento é uma mais valia, mas, no final, vê-se dilacerado por um conjunto sem nexo de acções que comprometem o esforço imposto nestes 15 minutos.

 

O estudo do sofrimento humano, com prismas sobre o medo e a fé que promovem a ideia de um futuro provável, em que a sobrevivência e os limites do ser humano são postos à prova, será certamente o mais apelativo da curta. Alguns chamar-lhe-ão “incompreendido”, e talvez com razão. Vale pelos minutos iniciais e por uma premissa que merecia um desfecho mais elaborado.

 

“Todo irá bien hija...”

 

Nota Final: 7 / 10

 

 

 


Por Mafalda às 09:21
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Quarta-feira, 5 de Agosto de 2009

The Happening (2008)

 

 

Algo de estranho se passa em Central Park. Os corpos estagnam e, de repente, algo inesperado acontece... Mortes e mais mortes se seguem, todas elas por suicídio. E o pior, é que o número de cidades americanas onde se registam tais comportamentos aumenta a uma velocidade aterradora. O que estará por trás deste estranho comportamento? Mão humana ou algo ainda mais difícil de controlar?

 

Elliot Moore (Mark Wahlberg) é mais um sobrevivente que juntamente com a namorada, Alma (Zooey Deschanel), tenta escapar à morte certa, à vontade de pôr fim à vida. Mas… conseguirão? Do que fogem eles realmente?

 

É esta a premissa para “The Happening”, um dos mais recentes filme catástrofe a cargo de M. Night Shyamalan, o realizador indiano responsável pelo inesquecível “Sixth Sense”.

 

O facto de num estudo recente se ter provado que as células de quem comete suícidio apresentam algumas diferenças para as células de indivíduos que sofreram morte natural pode despoletar um ainda maior interesse nesta fita. Haverá efectivamente alguma forma de controlar a genética de forma a levar alguém a colocar fim à sua vida? É deveras interessante, mas voltemos à fita...

 

Embora à primeira vista nos seja apresentada uma história inteligente e bastante actual, certo é que toda a premissa cai por terra por culpa de inúmeras incongruências difíceis de gerir.

 

A nível interpretativo, foi-me bastante complicado identificar o melhor desempenho... porque ele parece quase inexistente. Deschanel apresenta-nos uma Alma com total falta de expressão e cuja apatia chega mesmo a ser enervante e constrangedora. Wahlberg parece também ele contagiado pela negatividade do filme e deixa bastante a desejar na sua performance. Assim, talvez as melhores, e curiosamente, mais curtas participações da fita, estão a cargo de John Leguizamo e Betty Buckley. Irrepreensíveis.

 

O guião, embora recheado de ideias características de Shyamalan, e mantendo o seu estilo narrativo, apresenta algumas falhas, especialmente notórias na recta final do filme. Os melhores pontos são alguns dos efeitos especiais, e cenas mais bem conseguidas (como o suícidio de pessoas que se atiraram de um prédio em construção, por exemplo, ou os momentos iniciais, bastante perturbadores e que nos deixam expectantes), conseguindo uma interessante composição.

 

Em tom conclusivo, é imperativo mencionar o final. E que final… A falta de explicações nem é aquilo que mais me incomoda (lembrar-se-à certamente o espectador de inúmeros filmes parcos em explicações, mas ainda assim, incontornáveis), mas sim o cliché que dele resulta. Se dúvidas houvessem, torna-se claro que estamos perante um dos filmes mais fracos de Shyamalan.

 

O conceito e imaginação estão lá. A qualidade, nem tanto. Vale somente pela história.

 

“You know plants have the ability to target specific threats.”

 

Nota Final: 5.5 / 10

 

 

 


Terça-feira, 4 de Agosto de 2009

The Fifth Element (1997)

 

 

No futuro, precisamente no século XXIII, um taxista chamado Korben Dallas (Bruce Willis) vê-se envolvido numa antiga profecia sobre o final da vida humana. Leeloo (Milla Jovovich) cai de um prédio, e aterra sobre o táxi de Korben e pede-lhe ajuda para fugir da força policial. Depois do Padre Vito Cornelius (Ian Holm) saber que o 5ºElemento da profecia é Leeloo, todos partem numa corrida contra o tempo para reunir os outros quatro elementos: terra, fogo, água e ar.

 

Andava curioso para ver este filme. Tinha poucas recordações dele e decidi revê-lo. Embora não fosse exactamente aquilo que eu esperava, The Fifth Element consegue ser um filme multifacetado, ao misturar acção, ficção científica e humor, tudo numa belo guião escrito e conduzido por Luc Besson.

 

The Fifth Element transporta-nos para um cenário futurista, onde existem milhares de carros a voar, os prédios têm centenas de andares e a vida no chão quase que não existe. Embora não sendo uma obra-prima nos efeitos e na imagem, este filme consegue coisas bastantes boas para a época em que foi realizado. Em relação à banda sonora, é bastante razoável e acompanha a acção de uma forma muitíssimo boa.

 

Bruce Willis faz o típico papel de herói sem fuga (ao estilo de Die Hard) e não desilude atingindo uma performance bastante aceitável. A bela Milla Jovovich tem um desempenho muito bom no papel de Leeloo, uma extraterrestre que não consegue compreender a língua humana nem as acções destes.

 

Se está com vontade de rever um clássico do cinema mas não tem vontade de ver ou rever um filme chato e que o aborreça, The Fifth Element é a escolha certa para si. 

 

“I know she's made to be strong, but she's also so fragile, so human. Know what I mean?”

 

Nota Final: 7 / 10

 

  


Treasure Planet (2002)

 

 

Primeiro filme de animação Disney a ser abordado aqui no Golden Ticket, “Treasure Planet” consiste numa adaptação futurista do romance de Robert Louis Stevenson, “A Ilha do Tesouro”.

 

Jim Hawkins é um jovem (voz original a cargo de Joseph Gordon-Levitt, e de Pedro Granger na versão portuguesa) que alterou por completo o seu comportamento desde que o pai o abandonou a si, e à sua mãe. Deixou de ser o pequeno rapaz que ouvia deslumbrado as incríveis histórias de piratas para dar lugar a um jovem revoltado e sempre metido em sarilhos.

 

Um dia, à porta da taberna gerida pela mãe, Jim assiste ao despenhar de uma nave cujo tripulante carrega consigo um precioso artefacto... o mapa para o Planeta do Tesouro, que tantas vezes inundou os sonhos do rapaz enquanto criança.

 

Juntamente com o astrofísico Dr. Doppler, Jim parte então em busca do tesouro que será a solução para os problemas financeiros da mãe. No galeão solar “R.L.S Legacy” (referência ao romancista Robert Louis Stevenson) comandado pela Capitã Amélia, o jovem conhece John Silver, um misterioso cyborgue cozinheiro com quem acaba por estabelecer a relação paternal à muito perdida.

 

Mas Silver esconde um segredo...

 

A cargo de Ron Clemens e John Musker, os realizadores de “Aladdin” e “A Pequena Sereia”, esta fita, nomeada para o Óscar de Melhor Filme de Animação, foi um fiasco a nível financeiro pois dos mais de 100 milhões de dólares gastos na sua produção, apenas conseguiu recuperar pouco mais de 30 milhões. Porém, ainda que sob esse estigma, “O Planeta do Tesouro” está longe de ser um mau filme. Falta-lhe algo mais para ser considerado um clássico, mas merece algum destaque, senão veja-se...

 

O recurso à simbiose de animação original com computação gráfica consegue uma interessante composição, nomeadamente na personagem de John Silver (considerada uma criação 5D por reunir animação tradicional 2D e 3D, gerada por computador). De frisar também o “jogo” de artefactos antigos, como os barcos, com cenários planetários e seres alienígenas que conseguem transmitir uma ideia interessante q.b.

 

Já o mesmo não se pode dizer da atenção dada ao desenvolvimento dos personagens. E é aí que o filme falha, pois chegado o final da fita, a sensação que fica é que assistimos a um festival de personagens pouco marcantes e fácilmente descartáveis.

 

Parco em momentos musicais (apresenta somente a música “I’m Still Here” do vocalista dos Goo Goo Dolls, John Rzeznik, ou a versão portuguesa a cargo de Miguel Ângelo, “Eu Estou Aqui”), a fita consegue algumas das melhores cenas com as sequências de acção em que Jim voa na sua prancha espacial. Rápidas e extremamente apelativas, conseguem prender o público.

 

Dificilmente ficará na memória, mas este 42º filme da Disney merece sem dúvida ser conferido.

 

“You got the makings of greatness in you, but you got to take the helm and chart your own course. Stick to it, no matter the squalls!”

 

Nota Final: 7 / 10

 

 

 


Por Mafalda às 07:07
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Sexta-feira, 31 de Julho de 2009

Push (2009)

 

 

Push é mais um filme (já não chega?) de pessoas normais com poderes fora do normal. A premissa é relativamente simples: Nick Gant (Chris Evans) que tem o poder de levitar objectos, está refugiado em Hong Kong desde a morte do seu pai pela Divisão. A Divisão é liderada por Henry Carver (Djimon Hounsou) que tem o poder de alterar os pensamentos das pessoas. Um certo dia, Cassie Holmes (Dakota Fanning) aparece na vida de Nick e dá-lhe uma flor, flor essa que o pai lhe tinha dito para aceitar à muitos anos atrás.

 

Paul McGuigan traz-nos um filme parecido a tantos outros que têm inundado o mundo da 7ª arte. O filme apenas se distingue de outros por não ser a típica história dos mutantes bons a lutar contra os maus, e assim consegue ser minimamente interessante nos poderes ‘inventados’. Vejamos: movers que conseguem mover objectos usando a mente, os watchers que conseguem desenhar o futuro, os seekers que conseguem saber a localização das pessoas, os bleeders que com potentes gritos sónicos deixam as outras pessoas completamente impotentes, os pushers que são capazes de invadir a mente com um olhar alternativa e os shifters que podem transformar temporariamente qualquer objecto em qualquer coisa.

 

A história não poderia ser mais confusa. O que ao princípio parece simples torna-se difícil para o espectador pois não se percebe para onde é que o enredo nos está a levar. Apesar disto, Push apresenta-se com bons efeitos e com boas sequências de acção, embora peque por serem poucas. Em relação ao som à pouco a dizer, pois é tão interessante que nem se dá por ele ao longo do filme.

 

Em relação ao elenco, Chris Evans apresentou-se em bom plano, embora tivesse sido um papel relativamente fácil. O destaque vai para Dakota Fanning que esteve nas cenas mais ridículas do filme, pois sendo uma watcher, esta embebeda-se para tentar aumentar os seus poderes.

 

Embora Push não seja o típico filme que atraia multidões, é um bom filme para se ver numa tarde encostado no seu sofá e de preferência com a parte crítica do seu cérebro desligada.

 

"You already know the ending to this story. You can only draw it so many ways."

 

Nota Final: 6 / 10

 

 


Quinta-feira, 16 de Julho de 2009

Watchmen (2009)


 

 

 

Com uma premissa bastante interessante (desde já digo que nunca sequer tinha ouvido falar da banda desenhada Watchmen) e diferente dos normais filmes de ‘super-heróis’, Watchmen começa com o assassinato do The Comedian (Jeffrey Dean Morgan) no seu próprio apartamento. Rorschach (Jackie Earle Haley) tenta provar que este foi assassinado e provar que alguém anda a querer assassinar todos os antigos membros da Watchmen.

 

Zack Snyder (realizador de 300) fez um óptimo trabalho ao condensar a história de Watchmen num filme três horas, pois se tudo fosse contado ao pormenor, cinco horas não chegariam. Watchmen consegue transmitir-nos uma ideia quase filosófica do mundo em que vivemos e do que este seria se vivêssemos lado a lado com super-heróis. Uma frase citação popular no mundo de Watchmen é “Who Watches The Watchmen?” e é nisso que assenta grande parte da história do filme.

 

Não sendo um filme de aspecto noir como Sin City e The Spirit, consegue ter o melhor destes filmes com uma edição de imagem absolutamente espectacular e uma banda sonora do melhor que ouvi nos últimos tempos. Apesar de não privilegiar as cenas de acção, consegue mesmo assim ter umas boas sequências de combates. A juntar a isto, os diálogos estão muito bem construídos e claro que quota parte disso se deve ao elenco.

 

O elenco esteve todo a um grande nível começando por Jackie Earle Haley no papel de Rorschach, que além de uma das personagens mais curiosas, assume também o papel de narrador com a sua voz ‘negra’ e rouca. Jeffrey Dean Morgan no papel de The Comedian apresentou a qualidade que já lhe conhecemos de outras fitas e séries de televisão. Patrick Wilson tem também um bom desempenho no papel de Nite Owl II. O restante elenco (ainda longo) tem também um bom desempenho.

 

Watchmen não é um blockbuster, por isso se está com vontade de um filme de acção com mortes e tiros pelo ar, este filme não será a melhor opção. Agora se quer ver um filme fora do normal, com uma boa e enorme história, e ainda assistir a um pouco de acção, então Watchmen é o filme para si.

 

"I heard a joke once: Man goes to doctor. Says he's depressed. Says life is harsh and cruel. Says he feels all alone in a threatening world. Doctor says, "Treatment is simple. The great clown Pagliacci is in town tonight. Go see him. That should pick you up." Man bursts into tears. Says, "But doctor... I am Pagliacci." Good joke. Everybody laugh. Roll on snare drum. Curtains."

 

Nota Final: 9 / 10

 

 

 


Por Hugo às 19:40
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Terça-feira, 30 de Junho de 2009

Transformers: Revenge of the Fallen (2009)

 

 

Segundo o realizador Michael Bay, estamos perante uma trilogia. Porém, depois de ver esta sequela só pensei: antes não estivéssemos.

 

É certo que o grande sucesso do primeiro “Transformers” (esse sim, um blockbuster irrepreensível!) justificava amplamente a criação de mais um ou dois filmes. Mas somente se o nível argumentativo e interpretativo se mantivessem, e neste “Transformers: Retaliação” isso não se verifica.

 

A história desenrola-se a partir do momento em que os Autobots, que juntamente com as forças militares americanas formaram uma espécie de força de intervenção secreta, continuam a combater a ameaça dos Decepticons. Com que objectivo continuarão eles na Terra? É esta a premissa para este “Revenge of the Fallen”.

 

Contando com vertiginosas sequências de acção e apostando fortemente nos efeitos especiais, característicos de um blockbuster, arrisco-me a dizer que neste caso a compreensão do filme por parte do espectador sai claramente dificultada. Isto porque, por se desenrolarem depressa demais e serem captadas com maus movimentos de câmara, algumas cenas não permitem perceber muito bem o que está a acontecer. Refiro-me, por exemplo, às perseguições, combates e transformações dos robôs.

 

Por entre uma ou outra cena magistral, como a do combate entre Optimus Prime e 3 Decepticons, ou mesmo a do combate de Bumblebee em pleno cenário egípcio, existe um claro exagero na vertente cómica da película, no voyeurismo para com Megan Fox (close-ups e sequências desnecessárias e feitas claramente para atrair mais público) e no grande número de personagens que nada mais consegue que uns 10 minutos, se tanto, em todo o filme (como o robô Ironhide, por exemplo).

 

A nível de fotografia, a “falta de imaginação” de Michael Bay é notória pois consegue deixar no público a ideia de que pegou nas cenas de destruiçao de “Pearl Harbor” e as colou, literalmente, nesta fita. Deja vu a 100%.

 

Assim, demasiado longo, com falhas interpretativas (Megan Fox e Shia LaBeouf, porquê?!), e lacunas no guião, esta sequela vale pelos personagens... robotizados, entenda-se, pela banda sonora (e efeitos nessa mesma área) e pelo facto de ser um filme despretencioso e cujo objectivo é, única e exclusivamente, entreter. Watchable mas que, a meu ver, sabe a pouco.

 

“Fate rarely calls upon us at a moment of our choosing.”

 

Nota Final: 5.5 / 10

 

 

 


Por Mafalda às 23:59
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Quarta-feira, 10 de Junho de 2009

X-Men Origins: Wolverine (2009)

 

 

Em X-Men Origins: Wolverine é retratada a história do mais famoso dos X-Men, Wolverine (Hugh Jackman). O filme começa mostrando uma série de imagens com Wolverine e o seu irmão Victor Creed (Liev Schreiber) a passarem pela guerra e por uma equipa especial de mutantes. Tudo muda quando essa mesma equipa se separa e um por um começam a ser assassinados. O assassino em busca de Wolverine mata a mulher deste e este em busca de vingança aceita um convite para participar numa experiência que o iria tornar indestrutível.

 

A passagem da famosa saga de X-Men pelos cinemas tem aqui o seu ponto mais baixo. Se por um lado é sempre um grande atractivo ver a história de Wolverine, por outro lado existem demasiadas falhas nela. Gavin Hood tenta surpreender-nos com muitos dos mutantes da história de X-Men mas mesmo nisso este consegue cometer erros na história dos mesmos.

 

Como filme de entretimento X-Men Origins: Wolverine cumpre o seu papel com boas cenas de acção e um som de cortar a respiração. O decorrer do filme é algo estranho pois os primeiros quinze minutos só mostram cenas da história de Wolverine e poucas ou quase nenhumas falas tem. E é aqui que está a maior falha do filme: o seu argumento. Tal como disse anteriormente, este tem demasiadas falhas, e graças à velocidade vertiginosa com que Gavin Hood nos tenta fazer engolir a história,quando chegamos ao fim soltamos um ‘já acabou?’.

 

Hugh Jackman tem aqui mais um bom desempenho não desiludindo os fãs da sua personagem. Liev Schreiber é uma boa surpresa não deixando o papel de vilão mal desempenhado. O resto do elenco tem um médio/bom desempenho, destacando-se Ryan Reynolds no papel de Wade Wilson/Deadpool.

 

Nota Final: 7/10

 

 

 

 


Por Hugo às 22:41
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Terça-feira, 9 de Junho de 2009

Star Trek (2009)

 

 

J. J. Abrams, o conhecido produtor da série “Lost”, já por diversas vezes deu mostras da sua qualidade enquanto realizador e produtor cinematográfico. A prová-lo estão as vertiginosas sequências de acção de “Mission Impossible III” e a excelente capacidade argumentativa de “Cloverfield”, por exemplo.

 

E agora, Abrams brinda-nos com esta prequela, homónima, a “Star Trek”, a série que conquistou milhares de fãs por todo o mundo desde os anos 60, que conta já com 10 filmes (agora 11 com esta mega produção dos estúdios da Paramount), e que vê assim narrada a história do primeiro contacto dos vários membros da tripulação da nave USS Enterprise.

 

Com o intuito de captar novos fãs para a saga da Frota Espacial, o filme revela-se como uma excelente prequela na medida em que joga, não só com um experiente, e competente, leque de actores, como também com uma direcção e efeitos especiais que não deixam créditos por mãos alheias, conseguindo dar uma nova alma a todo um universo que se via “estagnado” desde à uns bons anos para cá.

 

A cena inicial é prova disso mesmo! As sequências de acção estão muitíssimo bem conduzidas, e a sua exímia edição sonora contribui exponencialmente para uma maior absorção dos sentidos do espectador para a fita que se lhe apresenta.

 

Quanto aos personagens, Spock (Zachary Quinto) foi, pelo menos para mim, aquele que mais se destacou. Quinto tem uma prestação isenta de erros, e o claro à vontade que demonstra no seu desempenho não deixa ninguém indiferente. O seu conflito interior, em “optar” pelo seu lado Vulcano, mais baseado na lógica, ou pelo seu lado Humano, mais emocional, (Spock é filho de um Vulcano, e de uma Humana, interpretada no filme pela actriz Winona Ryder) é personificado exemplarmente pelo actor, e as suas expressões faciais transmitem na perfeição todas as dúvidas que o assolam.

 

De mencionar ainda Chris Pine enquanto o Capitão James Kirk, que não se deixou somente ficar pelas semelhanças físicas e conseguiu construir um personagem com características únicas que, embora lhe sejam reconhecidas, apresentam-se bastante mais humanizadas. O vilão romulano Nero (Eric Bana) será talvez a personagem que menos contribui para o brilhantismo da fita o que, na história, acaba por ser um mal menor dado que a base do filme visa focar essencialmente o estabelecer das relações entre as várias personagens que compõe a famosa tripulação.

 

A título de curiosidade, há que mencionar a participação do saudoso Spock da série de TV, o actor Leonard Nimoy.

 

“Star Trek” revela-se assim um blockbuster que, mais que uma aposta ganha, é uma pelicula digna de registo e cuja visualização se revela imperativa, por Trekkers, e não só!

 

“Live long, and Prosper.”

 

Nota Final: 9 / 10

 

 

 


Por Mafalda às 00:59
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Domingo, 7 de Junho de 2009

Terminator Salvation (2009)

 

 

Depois do mais que anunciado judgement day em Terminator Salvation estamos em 2018 e a Skynet domina aquilo que resta do mundo humano. John Connor (Christian Bale) lidera a resistência contra os exterminadores da Skynet.

 

No entanto Marcus Wright (Sam Worthington) condenado à morte em 2003 acorda num cenário pós-apocalíptico e encontra o jovem Kyle Reese (Anton Yelchin) que é o seu ponto de partida para procurar John Connor. Quando estes se encontram finalmente, nenhum dos dois estavam preparados para a revelação que iria acontecer.

 

Depois de um Terminator 3: Rise of the Machines surge Salvation realizado por McG (Charlie’s Angels) para dar um novo rumo à história iniciada por James Cameron na década de 80. McG consegue trazer-nos um bom filme, melhor que Terminator 3 (alias, era impossível ser pior), mas a verdade é que para verdadeiros fãs de Terminator fica aquém das expectativas. Se por um lado as cenas de acção estão bastantes boas a nível de efeitos e imagem, por outro lado esperava-se um mundo muito mais negro tal como anuciado, principalmente, nos dois primeiros capítulos da saga.

 

Se encararmos Salvation como um mero blockbuster, ficamos colados ao ecrã dada a acção vertiginosa e os efeitos especiais espectaculares. Agora se encararmos Salvation como um dos filmes mais esperados do ano somos arrasados com um argumento fraco, personagens sem ligação e profundidade inexistente.

 

O elenco tem como principal atracção Christian Bale e como sempre este não desilude estando a um grande nível e provando a muitas vozes criticas que o papel do mítico John Connor lhe assenta que nem uma luva. Sam Worthington para mim é uma das surpresas do filme. Sendo praticamente um desconhecido para a maioria do público, consegue aqui arrancar um bom desempenho e embora o final da sua personagem seja um pouco feito à pressa, este mostra que é um actor a levar em conta nos próximos tempos. A maior desilusão do elenco vai para Bryce Dallas Howard, não tanto pelo seu mau desempenho mas pelo pouco tempo de antena que tem no filme, tendo em conta que é a quem dá as ordens a seguir a John Connor e a importância que tem em toda a história.

 

Talvez se tivesse sido escolhido um realizador com mais experiência, neste momento poderia estar aqui a falar de um dos filmes do ano. Mas dado o que desejamos raramente se torna realidade, resta-nos rezar para que McG tenha aprendido a lição e o próximo capitulo desta saga seja algo de mais estrondoso.

 

"Win or lose, this war ends tonight!"

 

Nota Final: 7.5/10

 

 

 


Por Hugo às 07:00
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Domingo, 10 de Maio de 2009

Knowing (2009)

 

 

10/05/09: a data em que perdi duas preciosas horas com um filme no mínimo vazio. Mas atentemos primeiro à história...

 

Massachusetts, 1959. Alguns alunos da escola William Dawes procedem à realização de vários desenhos representativos do que pensam vir a ser o futuro, com o objectivo de os colocarem numa cápsula do tempo que seria aberta 50 anos mais tarde, no dia de aniversário da escola. Essa ideia pertence à pequena Lucinda Embry (Lara Robinson), uma menina introvertida que, ao contrário dos colegas, não se encontra a desenhar, mas sim a preencher a sua folha com uma série de números aleatórios.

 

E é precisamente esse “desenho” que, no presente ano de 2009, vai parar as mãos de Caleb Koestler (Chandler Canterbury). Quando o seu pai, o professor de astrofísica John Koestler (Nicolas Cage), analisa a folha descobre que não se tratam de números sem significado, mas sim de datas de catástofres, naturais e não só, que ocorreram nos últimos anos, e de outras que estão por acontecer. Para além das datas, John descobre que também é mencionado com precisão o número de vítimas mortais bem como o local exacto onde ocorreu cada um dos desastres.

 

Conseguirá ele agora evitar as calamidades que se aproximam?

 

Com uma premissa que prometia bastante dado o seu carisma apocalíptico e a análise da recorrente dicotomia ciência/religião, facto é que “Sinais do Futuro”, do mesmo realizador de “I, Robot”, Alex Proyas, se revela um filme fraco, desinspirado, superficial e com um dos finais mais non sense de que me lembro dentro de filmes do género.

 

Pecando em diversos aspectos, nomeadamente a nível do argumento e consistência da história, esta película vê como “tábua de salvação” os efeitos especiais que se encontram muito bem conseguidos. Uma das melhores cenas do filme é mesmo a de um desastre de avião que mata 81 pessoas. É uma boa sequência e perturbadora q.b..

 

Em tom conclusivo devo frisar que, no que ao elenco diz respeito, “Knowing” deixa uma vez mais a ideia de que Nicolas Cage ainda não se conseguiu voltar a encontrar enquanto actor. Posso mesmo afirmar que existem falhas em algumas das suas cenas que são, no mínimo, risíveis. A compensar, talvez só a prestação do jovem Chandler Canterbury, que esteve competente.

 

Com lacunas claras e parco em explicações lógicas, o que pretendia ser um filme inteligente e coeso, falha amplamente. Dispensável.

 

“This isn't the end, son.”

 

Nota Final: 5 / 10

 

 

 


Sábado, 11 de Abril de 2009

Butterfly Effects Revelations (2009)

 

Sam Reid (Chris Carmack) é uma pessoa fora do normal: tem a habilidade de viajar no tempo. Assim, depois de uma infância difícil em que os pais morreram num incêndio (consequência directa de ter viajado no tempo para salvar a sua irmã Jenna Reid (Rachel Miner) que tinha morrido invés dos pais nesse mesmo incêndio), Sam ganha a vida como uma espécie de vidente para polícia, ajudando a resolver casos difíceis e a identificar assassinos.

 

Tudo muda quando Elizabeth Brown (Sarah Habel) irmã da ex-namorada de Sam, Rebecca Brown (Mia Serafino) que tinha sido assassinada, lhe faz uma visita para dizer que tinha encontrado um diário que provava que a pessoa que ia ser executada pelo assassinato estava inocente. Sam parte então numa série de idas e voltas no tempo para tentar descobrir o assassino e evitar que Rebecca seja morta. Porém as coisas não correm como Sam esperava.

 

Com o objectivo de nos fazer esquecer o péssimo segundo capitulo desta saga e talvez com uma corda ao pescoço, a verdade é que Butterfly Effect Revelations surpreende muito pela positiva. Escrito por Holly Brix, Seth Grossman traz-nos um filme intenso, difícil de largar, mas surpreendentemente curto (uma hora e vinte minutos). Não supera nem de perto nem de longe o primeiro filme, mas consegue-nos estar sempre a fazer raciocinar sobre o que irá ser alterado ‘nesta’ viagem do tempo, coisa que em Butterfly Effect 2 nem passava pela cabeça.

 

Chris Carmack tem aqui um bom desempenho, transpondo para o ecrã uma verdadeira obsessão e um desejo de descobrir o que está a acontecer e o que lhe está a escapar. Em relação ao resto do elenco nada mais há a dizer, pois têm pouco ‘tempo de antena’.

 

Nota Final: 7/10

 

 

 


Quarta-feira, 25 de Fevereiro de 2009

The Day The Earth Stood Still (2008)

 

 

Com grande pena minha, não tive ainda oportunidade de visualizar a versão original de 1951 deste “O Dia Em Que A Terra Parou”, pelo que estabelecer um termo comparativo é-me de todo impossível. Porém, numa avaliação individual, este remake deixa bastante a desejar em vários aspectos. Mas passemos à história.

 

A Terra está à beira da destruição devido à poluição e, sobretudo, pela indiferença e apatia do ser humano em contrariar um futuro mais que certo. Assim, é enviado um representante de várias civilizações extra-planetárias para avaliar se os humanos terão ou não capacidade de evitar a calamidade que se aproxima a passos largos.

 

Esse representante é Klaatu (Keanu Reeves), um alienígena que, adoptando a forma humana, vem salvar o planeta Terra do seu maior mal: nós próprios. A princípio Klaatu mostra-se inflexível e determina que nada mais há a fazer que destruir a nossa espécie, para garantir a preservação de um planeta com tão importantes condições de vida. Mas, à medida que toma contacto com diferentes indivíduos, nomeadamente a Drª. Helen Benson (Jennifer Connelly) e o seu enteado Jacob (Jaden Smith) verifica que há um lado da nossa personalidade para ele desconhecido até então. Estaremos ainda a tempo de mudar de atitude e salvar o planeta?

 

A nível de interpretações, não sei até que ponto a total inexpressividade de Keanu é abonatória para a personagem... mas não me vou alongar muito no debate dessa questão, até porque Jennifer Connelly cai no mesmíssimo erro, muito mais grave neste caso porque, convenhamos... é do futuro da sua própria espécie que estamos a falar, e não vejo uma especial preocupação nem da sua parte, nem dos outros personagens da história. Salva-se talvez Kathy Bates, numa interpretação competente da Secretária de Defesa dos Estados Unidos.

 

Com um final bastante inconclusivo e apressado, esta película tenta vingar nos efeitos especiais (que sinceramente, não deslumbram nem envolvem como se esperaria), esquecendo aquilo que é mais importante: a consistência do guião. Assim, o filme limita-se a girar em torno da questão de preservação do nosso planeta, mas com contornos de ficção científica que não conseguem dar-lhe a força necessária para ser um projecto ganho.

 

Não é uma prioridade, e muito menos imperdível.

 

“Only at the precipice do we evolve. This is our moment. Don't take it from us, we are close to an answer.”

 

Nota Final: 4 / 10

 

 

 


Sunshine (2007)

 

Na recente onda do Óscar para Danny Boyle, lembrei-me que tinha visto esta (injustamente) pequena pérola de ficção científica pela altura do natal. Sunshine é um filme que nos fascina porque mostra-nos o outro lado do espaço, ou seja, o lado humano. Nessa película podemos observar que o ser humano quando confrontado com a probabilidade de uma possível morte, altera completamente a sua maneira de pensar e vai contra os seus ideais.

 

Sunshine passa-se em 2057. O por muitos considerado impossível começa a acontecer, ou seja, o sol começa a extinguir-se, e com ele toda a humanidade. Icarus II, uma nave espacial tripulada por 8 pessoas, transporta uma bomba atómica com o objectivo de dar uma nova vida à estrela que ilumina o planeta terra. Comandada por Kaneda (Hiroyuki Sanada) tudo parece correr bem na longa viagem até ao sol, até que o sistema de radia da nave capta um sinal estranho, a que toda a tripulação chega à conclusão que o mesmo era da nave espacial Icarus I, a primeira missão levada a cabo em 2050 e claramente falhada pois na verdade nunca se tinha descoberto o que lhe teria acontecido. Debatendo se deveriam ou não alterar a trajectória de forma a obterem a bomba de Icarus I (e assim terem mais probabilidade de pôr o sol de novo a ‘brilhar’), a tripulação fica dividida e a decisão recaí sobre o físico Capa (Cillian Murphy).

 

Mostrando-nos o que seria uma verdadeira missão para salvar o planeta terra, Sunshine ao mesmo tempo dá-nos que pensar sobre o que faríamos em tal situação e como reagiríamos ao ter como parceiros de tripulação pessoas de outras nacionalidades e culturas. Ainda não tinha referido este importante pormenor? A nave do enredo escrito por Alex Garland, é tripulada por um asiático, uma chinesa, um japonês, um americano, um inglês, um neozelandês, uma australiana e um irlandês.

 

O filme tem um bom elenco, efeitos bastantes satisfatórios e uma componente psicológica que nos leva a reflectir sobre diversos assuntos do nível cultural, religioso e até filosófico, após o final do filme. Pegando no final do filme, foi neste ponto que Sunshine mais me desapontou. Danny Boyle e Alex Garland tentam dar-nos um final com terror que chega a ser ridículo, e completamente desnecessário. Para terminar, de referir que este filme foi feito apenas com um orçamento de 10 milhões de euros, ou seja, dá que pensar o porque de filmes com orçamentos astronómicos andam a fazer pelas salas de cinema.

 

Nota Final: 7.5/10

 

 

 

 


Por Hugo às 07:00
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Segunda-feira, 16 de Fevereiro de 2009

Resident Evil Degeneration (2008)

 

Bem antes de começar aviso desde já que esta critica pode estar um pouco inflacionada, pois faço parte da legião que segue a história de Resident Evil desde o seu inicio, ou seja, desde 1996.

 

Depois de três filmes, digamos, falhados finalmente viram como Resident Evil poderia ser rentável no mundo da 7ªArte. Feito todo em CG, Degeneration finalmente traz-nos uma história directamente ligada com a de toda a série da Capcom, ao contrário da trilogia mal adaptada que Paul W.S. Anderson trouxe para o grande ecrã.

 

O enredo passa-se 7 anos após os incidentes em Raccon City e após o governo americano ter encoberto os verdadeiros factos desses mesmos incidentes. No aeroporto de Harvardville alguém solta o T-Virus e por coincidência estava presente Claire Redfield e o Senador David, contra quem a população estava. Leon Kennedy é enviado como agente especial para salvar todos sobreviventes do desastre. Após a operação, descobrem que o culpado do incidente é Curtis Miller, um suspeito de terrorismo, mas que na verdade só quer que o governo diga toda a verdade sobre os incidentes de Raccon City. Leon é informado que só dispõem de quatro horas para prevenir outro ataque e é na tentativa de prevenir outra catástrofe que Curtis injecta em si mesmo o poderoso e incontrolável G-Virus.

 

Utilizando actores reais para fazer os movimentos de todas as personagens, Degeneration consegue brilhar no seu campo e tendo em que o publico alvo era todos os fãs da série, o objectivo foi claramente conseguido. Talvez o aspecto gráfico poderia estar melhor, com muitos filmes actualmente a distanciarem de Degeneration neste campo. Há quem diga que o aspecto gráfico só faz provocar mais nostalgia aos espectadores, facto com que estou plenamente de acordo. Para concluir, de realçar que esta fita não passou no grande ecrã, seguindo directamente para dvd e blueray.

 

A quem interessar a informação, de referir ainda que muitos dos aspectos deste filme estarão directamente relacionados com o próximo jogo do ano, ou seja, Resident Evil 5.

 

Nota Final: 8/10

 

 

 


Por Hugo às 10:08
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Segunda-feira, 9 de Fevereiro de 2009

Outlander (2008)

 

Quando ouvi falar deste filme fiquei em sobressalto! Um filme do produtor do "Lord Of The Rings"? Porque é que não se ouviu falar deste filme mais cedo? O certo é que, após ver a fita, percebi porquê. Mas primeiro, vamos à história.

 

Estamos na época dos Vikings na antiga Noruega. Tudo começa quando uma nave espacial cai sobre Fjord. A nave pertence a Kainan (James Caviezel), um soldado de outro mundo que ia numa missão de volta para o seu planeta. Mas este não vinha sozinho... a acompanhá-lo seguia uma criatura de outro planeta chamada Moorwen. Kainan, após ter sido feito prisioneiro por Wulfric (Jack Huston) e Rothgar (John Hurt), consegue ganhar a confiança dos mesmos e convence-os de que enfrentam uma terrível ameaça e partem para uma dura batalha contra Moorwen. De realçar ainda o envolvimento com a bela Freya (Sophia Myles), durante o avançar da história.

 

Este filme tinha a história, os cenários e até o ‘cast’. Mas na realidade fica muito aquém das expectativas. Talvez esteja a ser muito exigente, mas a verdade é que sublinharem o facto de este ser do produtor de "LOTR" com tanto êxtase só prejudicou o filme. Poderia ser algo de grandioso, mas peca por ter falta de melhores efeitos, tentar mostrar muito sangue em poucas batalhas (de pouca qualidade) e, verdade seja dita, até o próprio enredo apresenta algumas falhas, digamos, algo graves.

 

Não deixam de ser quase duas horas bem passadas, porém fica muito aquém das expectativas.

 

Nota final: 6.5/10

 

  

 


Por Hugo às 20:24
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Sexta-feira, 6 de Fevereiro de 2009

Gattaca (1997)

 

 

Encontramo-nos numa época em que, devido aos avanços tecnológicos e científicos, todos os segredos do DNA são conhecidos, pelo que se tornou possível conceber genéticamente o ser perfeito. Os pais podem agora optar pelas características que pretendem ver nos filhos: inteligência, resistência, aptidão para o desporto, entre outros. Assim, todos aqueles que nasceram de forma biológica, são agora considerados “inválidos”.

 

Vincent Freeman (Ethan Hawke) foi um dos últimos humanos a nascer dessa forma. Com uma insuficiência cardíaca e uma esperança de vida de apenas 30 anos vê cair por terra o seu sonho de se tornar astronauta... Ou assim seria de esperar.

 

Numa sociedade em que só os humanos “válidos” têm acesso a determinados empregos e regalias, Vincent tudo fará para alcançar o seu sonho de ir para o espaço... resta saber se o seu espírito o poderá levar onde o corpo teima em falhar. A solução encontrada consiste em fazer-se passar por Jerome Morrow (interpretado pelo sempre carismático Jude Law), uma estrela da natação que ficou paraplégico. Dessa forma consegue entrar na empresa responsável pelos vôos interplanetários, Gattaca, onde sobe a pulso e com mérito próprio sendo destacado para a próxima viagem a Saturno.

 

Contudo, a missão pode estar comprometida devido a um assassinato que ocorre dentro das instalações da empresa. Com o cerco cada vez mais apertado, conseguirá Vincent manter incógnita a sua condição de “inválido”?

 

Com excelentes actuações, “Gattaca” reúne vários detalhes que o destacam dos demais filmes do género. Uma fotografia e cenários apelativos conjugam-se com um guião inteligente, criativo e deliciosamente envolvente. As cenas que abordam a organização do material genético cedido por Jerome são de uma coerência e precisão magnifícas. Estão muitíssimo bem conseguidas. De mencionar ainda, as cenas em que Vincent e o seu irmão Anton (Loren Dean) disputam uma corrida em alto mar. Emotivas, e cheias de significado, são apenas uma simples amostra da mensagem que o filme procura transmitir.

 

É sem dúvida, um dos melhores filmes de ficção científica de todos os tempos, apelando ao espírito humano, e mostrando que não há impossíveis, mesmo que a ciência assim o dite.

 

“There's no gene for fate.”

 

Nota Final: 8.5 / 10

 

 

 


Por Mafalda às 22:44
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Quarta-feira, 28 de Janeiro de 2009

The Jacket (2005)

 

 

Com um grafismo de fazer lembrar o cinema independente, "The Jacket" transporta-nos numa viagem pela mente de Jack Starks (Adrien Brody), um veterano da guerra do Golfo, enquanto este tenta descobrir... como vai morrer dentro de 4 dias.

 

Sofrendo de amnésia e, como tal, dado como inimputável pela culpa na morte de um policia, Jack vê-se confinado a um hospital psíquiatrico, onde os métodos utilizados com alguns pacientes são tudo, menos ortodoxos. Jack é submetido a um tratamento que consiste em ser injectado com drogas, preso com uma camisa de forças e colocado na gaveta de uma morgue.

 

Numa dessas “estadias” Jack como que faz uma viagem no tempo (sendo o espaço temporal de quinze anos) e reencontra uma personagem que conhecera outrora, Jackie, interpretada pela sempre agradável e competente Keira Knightley.

 

Essas alucinações, por serem recriadas de forma tão pouco tecnológica e quase rudimentar, fazem com que "The Jacket" seja um dos melhores filmes na “franja” de Hollywood, uma vez que, apesar de possuir estrelas do cinema actual, consegue transmitir a ideia do realizador de que se trata apenas de um filme indie, mas com mais recursos.

 

São vários os bons pormenores presentes no filme a nível de fotografia e de sonoridade (o som do movimento dos olhos de Jack enquanto este se encontra na gaveta está muitíssimo bem conseguido. Sentimo-nos também nós confinados áquele espaço tão pequeno e claustrofóbico). De mencionar também a prestação de um quase irreconhecível, mas marcante, Daniel Craig no papel do paciente Rudy MacKenzie.

 

Seguindo a linha de raciocínio do também excelente filme “The Butterfly Effect”, de que acções passadas podem alterar o futuro, “Colete de Forças” vai certamente prender o espectador pela sua história e pelo ambiente negro e perturbador que o realizador consegue construir.

 

“When you're dead, the one thing you want is to come back.”

 

Nota Final: 7.5 / 10

 

 

 


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