Com um grafismo de fazer lembrar o cinema independente, "The Jacket" transporta-nos numa viagem pela mente de Jack Starks (Adrien Brody), um veterano da guerra do Golfo, enquanto este tenta descobrir... como vai morrer dentro de 4 dias.
Sofrendo de amnésia e, como tal, dado como inimputável pela culpa na morte de um policia, Jack vê-se confinado a um hospital psíquiatrico, onde os métodos utilizados com alguns pacientes são tudo, menos ortodoxos. Jack é submetido a um tratamento que consiste em ser injectado com drogas, preso com uma camisa de forças e colocado na gaveta de uma morgue.
Numa dessas “estadias” Jack como que faz uma viagem no tempo (sendo o espaço temporal de quinze anos) e reencontra uma personagem que conhecera outrora, Jackie, interpretada pela sempre agradável e competente Keira Knightley.
Essas alucinações, por serem recriadas de forma tão pouco tecnológica e quase rudimentar, fazem com que "The Jacket" seja um dos melhores filmes na “franja” de Hollywood, uma vez que, apesar de possuir estrelas do cinema actual, consegue transmitir a ideia do realizador de que se trata apenas de um filme indie, mas com mais recursos.
São vários os bons pormenores presentes no filme a nível de fotografia e de sonoridade (o som do movimento dos olhos de Jack enquanto este se encontra na gaveta está muitíssimo bem conseguido. Sentimo-nos também nós confinados áquele espaço tão pequeno e claustrofóbico). De mencionar também a prestação de um quase irreconhecível, mas marcante, Daniel Craig no papel do paciente Rudy MacKenzie.
Seguindo a linha de raciocínio do também excelente filme “The Butterfly Effect”, de que acções passadas podem alterar o futuro, “Colete de Forças” vai certamente prender o espectador pela sua história e pelo ambiente negro e perturbador que o realizador consegue construir.
“When you're dead, the one thing you want is to come back.”
Nota Final: 7.5 / 10
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