Trevor Reznik (Christian Bale) trabalha como operador de máquinas na National Machining e, por sofrer de uma insónia crónica, não dorme à sensívelmente...um ano. A perda de peso e o sentimento de desnorte em algumas situações são bem representativos desse distúrbio. Mas a situação piora quando Trevor se vê envolvido num acidente de trabalho que custa um braço a um colega seu.
Trevor desculpabiliza-se dizendo que tudo não passou de uma distracção causada por um outro trabalhador, Ivan, de quem, curiosamente, não existem quaisquer registos na empresa. Será que finalmente as insónias estão a levar a melhor sobre Trevor deturpando-lhe assim o seu próprio discernimento?
Filme complexo e com bons diálogos, “O Maquinista” impressiona bastante o espectador. Um ponto de referência desse sentimento será, por exemplo, a excessiva magreza do protagonista (Christian Bale apresenta-se com um peso de cerca de 54kg para o filme, após ter perdido cerca de 28kg), mas também o ambiente “noir” que a fita consegue transmitir.
A fotografia também está muito bem conseguida, pois a monotonia cromática ajuda no desenvolvimento dos imprevisíveis contornos deste thriller psicológico. A nível de interpretações, Christian Bale está, como sempre, irrepreensível, justificando uma vez mais porque é já considerado um dos melhores actores da sua geração. Simplesmente brilhante.
Apelando a um substancial exercício mental por parte do espectador, “The Machinist” é sem dúvida um bom filme e irá agradar a fãs do género, e não só. A registar.
“Right now I wanna sleep. I just want to sleep.”
Nota Final: 8 / 10
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