Eis um filme que me surpreendeu bastante pela positiva. Sinceramente nunca tinha visto nenhum filme de Robert B. Weide (sim, nunca vi sequer nenhum episódio do Curb Your Enthusiasm) e este surpreendeu-me pela história apresentada no grande meio que é Hollywood.
O enredo passa-se à volta de Sidney Young (Simon Pegg), um semi-critico de cinema que acredita que Hollywood é um conto de fadas e que é conhecido por quebrar a segurança das festas privadas, que é contratado por Clayton Harding (Jeff Bridges) para uma importante revista do ramo. Decidido a triunfar no novo emprego, rapidamente Sidney percebe que o seu conto de fadas não passada de uma ilusão. Nas malhas de Eleanor Johnson (Gillian Anderson), uma poderosa publicitária, este se apercebe que Hollywood nada do que parece é. Com esforço consegue chegar ao ‘topo’ mas vai-se debater com problemas morais, como o seu envolvimento com a estrela de cinema Sophie (Megan Fox) e sua paixão desde que ‘chegou à revista’, Alison (Kirsten Dunst).
Este filme mostra o outro lado de Hollywood de uma forma ligeiramente humorística, podendo ser visto como uma versão masculina de The Devil Wears Prada. Simon Pegg tem uma actuação bastante boa mostrando todo o seu ‘British Talent’ e proporciona bons momentos durante o filme. De destacar também o prazer de ver a bela Kirten Dunst num papel fora da série de filmes de Spider-Man. O aspecto mais negativo deste filme recai todo sobre Megan Fox que só entra neste filme pelo nome e pela beleza, pois em relação à representação está bastante má.
Nota final: 7/10
Com um grafismo de fazer lembrar o cinema independente, "The Jacket" transporta-nos numa viagem pela mente de Jack Starks (Adrien Brody), um veterano da guerra do Golfo, enquanto este tenta descobrir... como vai morrer dentro de 4 dias.
Sofrendo de amnésia e, como tal, dado como inimputável pela culpa na morte de um policia, Jack vê-se confinado a um hospital psíquiatrico, onde os métodos utilizados com alguns pacientes são tudo, menos ortodoxos. Jack é submetido a um tratamento que consiste em ser injectado com drogas, preso com uma camisa de forças e colocado na gaveta de uma morgue.
Numa dessas “estadias” Jack como que faz uma viagem no tempo (sendo o espaço temporal de quinze anos) e reencontra uma personagem que conhecera outrora, Jackie, interpretada pela sempre agradável e competente Keira Knightley.
Essas alucinações, por serem recriadas de forma tão pouco tecnológica e quase rudimentar, fazem com que "The Jacket" seja um dos melhores filmes na “franja” de Hollywood, uma vez que, apesar de possuir estrelas do cinema actual, consegue transmitir a ideia do realizador de que se trata apenas de um filme indie, mas com mais recursos.
São vários os bons pormenores presentes no filme a nível de fotografia e de sonoridade (o som do movimento dos olhos de Jack enquanto este se encontra na gaveta está muitíssimo bem conseguido. Sentimo-nos também nós confinados áquele espaço tão pequeno e claustrofóbico). De mencionar também a prestação de um quase irreconhecível, mas marcante, Daniel Craig no papel do paciente Rudy MacKenzie.
Seguindo a linha de raciocínio do também excelente filme “The Butterfly Effect”, de que acções passadas podem alterar o futuro, “Colete de Forças” vai certamente prender o espectador pela sua história e pelo ambiente negro e perturbador que o realizador consegue construir.
“When you're dead, the one thing you want is to come back.”
Nota Final: 7.5 / 10
Matt Buckner, um estudante expulso injustamente de Harvard, chega a Inglaterra onde ingressa no mundo de uma das claques mais reputadas do meio: a Green Street Elite, apoiantes do West Ham United. E é nesse meio que Matt vai aprender algo que nenhuma faculdade do mundo lhe poderia ensinar...
A agressividade de alguns membros destes grupos, que fazem dessas lutas de rua a sua vida, contrasta com a existência de individuos que, mesmo pertencendo a um mundo violento como este, trabalham, têm familia e bons valores (o que desmistifica um pouco a ideia pré-estabelecida sobre estes grupos organizados). Uma das cenas mais representativas disso mesmo passa-se no metro, enquanto Matt (Elijah Hood) e Pete (Charlie Hunnam) conversam. Uma senhora carregada de malas aproxima-se, e eles são os primeiros a ceder-lhe o lugar... e não todas as outras pessoas com condutas moralmente mais aceites pela sociedade.
As boas interpretações, especialmente de Leo Gregory (Bovver), e de Geoff Bell (Tommy Hatcher), lider da claque de Millwall, cujo filho morreu numa das zaragatas entre claques (acontecimento esse que marca a recta final do filme), conferem uma veracidade interessante na medida em que o ideal destes homens está muito mais além do que apoiar um clube de futebol. Momentos há em que essa é a última das razões a desencadear confrontos. Trata-se de se protegerem uns aos outros, sendo capazes de dar a própria vida por isso. De ganharem reconhecimento e reputação. De resolverem questões pendentes e males passados.
‘Rebeldes de Bairro’ retrata assim o modo de vida dos hooligans de forma honesta e sem tomar qualquer partido. Prova também que como em tudo na vida, há sempre dois lados, e a maneira de ser de alguém será mesmo das coisas mais subjectivas que existem.
“You don't run, not when you're with us... You stand your ground and fight!”
Nota Final: 7.5 / 10
Parti com grandes dúvidas para este filme (nem o trailer tinha visto), mas tendo em conta o elenco que me esperava pensei que não me iria desiludir, e claro, não estava enganado.
A história anda à volta de uma família que é uma verdadeira força policial: o pai Francis Tierney (Jon Voight), os filhos Francis Jr. (Noah Emmerich) e Raymond (Edward Norton), e o genro/cunhado Jimmy Eagan (Colin Farrell). A história desencadeia-se quando uma operação acaba com quatro agentes mortos. Raymond é destacado para comandar a equipa de investigação sem saber que Jimmy está com uma equipa de polícias corruptos a fazer a caça ao homem por si mesmos.
O enredo principal em si poderia estar melhor, mas pelo facto de ser bastante explorado (e bem!) o lado psicológico de um polícia e a sua família, torna a trama muito mais interessante pois nenhum de nós sabe o que faria nas situações que nos são apresentadas. A farda ou a família? O certo ou o errado?
Um filme com acção, sangue e drama. Um must see. Nota final: 7.5/10
Era uma vez, três amigos...
Nah, antes das apresentações, bem vindos ao GoldenTicket, o nosso blog de cinema!
Somos três amigos (Diogo, Hugo e Mafalda) que, por partilharem uma paixão comum pela sétima arte decidiram avançar para este projecto.
Essencialmente o blog irá disponibilizar as nossas “críticas” a todos os filmes a que conseguirmos deitar a mão.
Embora tenhamos gostos semelhantes, garantimos que a selecção de filmes não será homogénea, pelo que a diversidade estará certamente presente.
All for now! So, take your sit, grab the Golden Ticket… and enjoy the ride!
- Somewhere
- 127 Hours
- Blue Valentine
- The Dilemma