Um grupo de amigos a passar férias no México conhece Mathias (Joe Anderson) que tem um irmão a investigar umas ruínas antigas. Mathias diz ao grupo que está de partida para as ruínas para ir ter com o irmão, e estes decidem ir com ele para quebrar a monotonia que as férias estavam a ter.
Quando chegam às ruínas algo de estranho acontece. Um grupo de locais ameaça-os, mata o amigo deles e não os deixa voltar para trás. Assim, Mathias, Jeff (Jonathan Tucker), Eric (Shawn Ashmore), Amy (Jena Malone) e Stacy (Laura Remsey), ficam presos nas ruínas e começam a aperceber-se que algo não está bem.
Baseado num livro, Carter Smith traz-nos um filme que embora tenha sido muito mal recebido pela maior parte dos críticos, na minha opinião está acima da média dos últimos filmes do género. Sem grandes pormenores técnicos, The Ruins destaca-se por misturar todos os ingredientes habituais num filme do género (jovens, bebedeiras e sexo) e mesmo assim não cair no ridículo. E isto deve-se, principalmente, ao agente de terror não serem zombies ou factos paranormais, mas antes uma planta carnívora e inteligente que actua quando o ser humano menos está à espera.
Derivado à ‘estranheza’ da situação, o elenco consegue-nos surpreender com o seu misto de diferentes reacções ao que está acontecer e à diferença das decisões que tomam. Destacando-se quase todos pela positiva, o prémio de reconhecimento vai para Jonathan Tucker, embora o seu papel acabe por ser pequeno para o talento e o à vontade que transpõe em frente às câmaras. Laura Remsey acaba por não se destacar pela negativa, mas mesmo assim acaba por ter algumas situações ridículas talvez por ter sido a ‘hot girl’ do grupo.
Para terminar, o ponto negativo da história vai para o facto de nunca ser conhecido de onde aquelas plantas vieram nem tão pouco a relação dos locais com a mesma.
Nota Final: 7 / 10
Em 2003 foi publicada no The Washington Post uma reportagem que revelou a identidade de uma agente da CIA. O caso ficou conhecido como “Valerie Plame” e é a história base para este “Nothing But The Truth”. Não se trata de uma adaptação para a sétima arte desse polémico caso, mas os contornos da história não deixam dúvidas que este serviu, de facto, como inspiração para o filme.
Kate Beckinsale (que muito provávelmente tem aqui a sua melhor interpretação até ao momento) é Rachel Armstrong, uma jornalista que, por se recusar a revelar a fonte que deu Erica Van Doren (Vera Farmiga) como sendo agente da CIA, vê instaurada contra si uma investigação governamental, que a mantêm sobre prisão até que ela decida falar.
Com diálogos irrepreensíveis e uma história bem conseguida, é-nos permitido acompanhar a estadia de Rachel na prisão, ver como aos poucos ela vai perdendo a confiança e controle sobre os seus actos e sentimentos. À medida que o tempo passa, as suas fragilidades são visiveis, o seu casamento desmorona, e tudo aquilo em que acredita começa a não fazer sentido quando os acontecimentos se precipitam na morte de uma das pessoas envolvidas na história...
De destacar ainda a interpretação de Matt Dilon no papel de Patton Dupois, um advogado implacável no que à execução do seu trabalho diz respeito.
Detendo-se numa filmografia clássica e num ambiente contido, “Nothing But The Truth” permite-nos observar até que ponto um jornalista está disposto a ir para proteger a sua fonte de informação, mostrando não só a sua ética profissional, como também o seu carácter enquanto indivíduo. O final é tudo menos previsível e são levantadas questões morais que muitos espectadores terão certamente dificuldade em responder. Um filme a não perder.
“Who was your source?”
Nota Final: 8 / 10
Anna (Emily Browning) está num hospital psiquiátrico por causa de uma depressão que derivou de um trágico acidente que acabou por matar a sua mãe que tinha um doença em fase terminal. Passado uns tempos quando finalmente chega a hora de voltar para casa, Anna é confrontada com uma nova e surpreendente realidade: o sei pai Steven (David Strathairn) juntou-se com a antiga enfermeira que tomava conta da sua mãe, Rachael (Elizabeth Banks).
Mas nem tudo é mau no retorno a casa. Alex (Arielle Kebbel), irmã de Anna, está à sua espera e juntas conseguem passar pelo facto do pai ter uma nova mulher na sua vida. Porém, terríveis sonhos assolam a mente de Anna, e esta sente que é a mãe a tentar-lhe que Rachael é a culpada da sua morte. Assim, Anna e Alex tentam a todo o custo descobrir o que aconteceu naquela noite e quem realmente é Rachael.
Realizado por Charles e Thomas Guard, The Uninvited é uma adaptação do sucesso do cinema de terror asiático A Tale Of Two Sisters (2003). Como já toda a gente sabe os remakes de Hollywood geralmente costumam dar para o torto e dada a popularidade do filme original penso que este não é excepção. Embora com bons pormenores de realização, The Uninvited falha no seu objectivo principal que é o terror. Se por um lado os cenários foram bem escolhidos, em especial a mansão onde a trama é passada, por outro lado as cenas de ‘terror’ são óbvias e muito mal estruturadas.
Já em relação ao desempenho do elenco para mim foi uma surpresa. Emily Browning esteve surpreendentemente a um bom nível, algo que era difícil num filme como este e tendo em conta a idade desta. Arielle Kebbel esteve bastante bem também, no entanto não consegue disfarçar a sua falta de experiência em filmes do género demonstrando sempre um lado mais comediante. Em relação a David Strathairn e Elizabeth Banks cumprem o seu papel, não passando da mediocridade.
Se procura um bom thriller para ver numa tarde de fim-de-semana esta é um boa escolha, mas se pretende um filme de terror é melhor escolher outro filme.
Nota Final: 7 / 10
A história de “Caramel” prende-se com 4 amigas, Layale, Nisrine, Jamale e Rima, que trabalham, ou no caso de Jamale, frequenta, um cabeleireiro em Beirute, o Si Belle. Layale (Nadine Labaki) é uma bela mulher que mantém um relacionamento com um homem casado, embora desconheça tal facto. Nisrine (Yasmine Al Masri) é uma jovem de origem muçulmana que se encontra de casamento marcado. Porém, algo compromete a sua felicidade plena... Apaixonada, teme a reacção do noivo Bassam (Ismail Antar) ao descobrir que ela já não é virgem. Jamale (Gisele Aouad) é uma antiga actriz de novelas e estrela da publicidade. Divorciada e mãe de dois filhos, trava uma batalha contra o seu envelhecimento, ao qual não se consegue adaptar. E Rima (Joanna Moukarzel), que nunca se tendo apaixonado, tenta agora lidar com a atracção que sente por outras mulheres, em especial por uma cliente do salão.
As suas vidas estão interligadas com mais duas outras personagens que, a meu ver, são dois fortíssimos valores deste filme: Lili e Rose. Lili (Aziza Semaan) é uma idosa que vive presa à ideia de um amor passado, dedicando-se agora a apanhar qualquer papel que encontre na rua, dizendo sempre tratar-se de cartas de, ou para, esse seu amor. Facto, é que a sua personagem transmite o receio de qualquer idoso: mais que o abandono físico, o sentimental, aquela proximidade de alguém que realmente se importe. E para ocupar esse lugar, Lili tem Rose (Sihame Haddad), a sua irmã mais nova. Porém, chegou a vez de Rose se apaixonar, mas... conseguirá ela conjugar esse amor com todos cuidados que Lili necessita?
Seguindo um ritmo bastante interessante, sem se deixar cair no exagero dramático e jogando com uma fotografia em tons predominantemente dourados (extemamente bem conseguidos diga-se, um festival visual simples e irrepreensível), esta película permite ao espectador deliciar-se com uma história que, embora coerente, desenvolve um considerável número de temáticas, desde o amor na terceira idade, até ao adultério, homossexualidade, menopausa entre outros.
Abordando todos os focos da narrativa com extremo bom gosto, este “Sukkar Banat” é sem dúvida uma mais valia dentro dos filmes do género, permitindo um envolvimento imediato com todas as personagens que nos são introduzidas, bem como com todos os seus sentimentos, sejam eles de medo ou confiança, alegria ou desânimo.
Para essa condição contribuiu, não só a latente entrega de todos os actores do filme (todos num elevado nível de representação) como também a criatividade de diversas cenas que conseguem produzir no espectador um vasto leque de emoções.
Sedutora, fascinante e genuína. Assim é esta apaixonada dedicatória da directora, e protagonista, Nadine Labaki ao seu país de origem. A não perder!
Nota Final: 7.5 / 10
Fireflies in the Garden: A família Taylor tinha a vida perfeita... até ao dia em que uma tragédia desaba sobre eles mostrando que, afinal, nem tudo era tão perfeito como aparentava...
The Ruins: De férias no México, um grupo de jovens visita umas antigas ruínas que escondem um segredo mortal... conseguirão sair vivos da sua expedição?
The International: Louis Salinger é um agente da Interpol que, juntamente com a assistente do procurador-geral de Manhattan, Eleanor Whitman, tenta capturar um banqueiro que se crê estar envolvido em processos de lavagem de dinheiro e até mesmo de terrorismo.
Knowing: Em 1958 um grupo de estudantes elabora um conjunto de desenhos que serão colocados numa cápsula do tempo. 50 anos mais tarde, uma nova geração de estudantes abre a cápsula. Um dos desenhos vai parar as mãos de Caleb Koestler. Quando o seu pai, o professor John Koestler, analisa a folha composta por uma série de números, descobre que esses não são nada menos que datas de catástofres que ocorreram nos últimos anos, e de outras que estão por acontecer. Começa assim uma luta contra o tempo para as evitar.
La Caja: Numa pequena aldeia de pescadores, o odiado Don Lúcio morre inesperadamente. Na casa onde vivia com a mulher, não há espaço para o velar, pelo que o morto fica a cargo de uma vizinha, Isabel. Agora, os vizinhos encaram o velório como uma hipótese de ajustar contas com o defunto.
Um Amor de Perdição: Adaptação livre do romance de Camilo Castelo Branco, “Um Amor de Perdição” conta-nos a história de Simão e Teresa, e como pode ser tão fatal o desfecho de um grande amor.
Com toques de humor negro a lembrar o fantástico “Clube de Combate”, ou não se tratasse de uma obra do mesmo autor, “Asfixia” conta-nos a história de Victor Mancini (Sam Rockwell).
Por ter vivido uma infância castradora devido ao desejo quase psicótico da sua mãe de o ver como médico, é agora frequentador de um clube de ajuda para viciados em sexo e... finge asfixias em restaurantes. Com a mãe internada num hospital de elevados custos, por sofrer da doença de Alzheimer, Victor faz tudo o que pode para pagar esses serviços, desde desistir da faculdade de medicina até trabalhar como guia num parque temático.
Embora não me tenha conquistado ao início, certo é que o filme possui algumas mais valias, quanto mais não seja pela dose certa de humor negro que permite uma fusão da vulgar comédia com teor sexual com um drama inteligente em determinados aspectos. Mas a nível interpretativo, não é suficiente. Nem todos os actores se encontram a um bom nível, e a história sai a perder com tal facto. Destaca-se, em grande plano diga-se, Anjelica Huston no papel de Ida J. Mancini, a mãe de Victor. Sam Rockwell também não compromete, conseguindo arrebatar as suas cenas (de mencionar aquelas que partilha com vários pacientes residentes no hospital).
A filmografia, embora com planos de corte pouco elaborados e excessivamente simples, está bem conseguida q.b., revelando-se especialmente competente nas sequências de flashbacks da infância de Victor (onde se registam, a meu ver, os pontos mais altos do filme).
Em tom conclusivo, há que mencionar o twist final que foi muitíssimo bem conduzido. As revelações que se processam não eram de todo esperadas.
Não se enganem ao encará-lo como um digno sucessor de “Fight Club”. Reconheçam antes o bom esforço que lhe foi dedicado.
“We're not evil sinners or perfect knock offs of God. We let the world tell us weather we're saints or sex addicts.
Nota Final: 7.5 / 10
Arrebatadora. Assim se pode classificar esta película protagonizada por Sean Penn, o vencedor do Óscar de Melhor Actor deste ano pelo seu papel em “Milk”. Curiosamente, (ou não!) a personagem que aqui desempenha foi nomeada, e embora não tenha arrecadado a estatueta dourada, não andou certamente muito longe de o conseguir. Simplesmente fenomenal.
Mas passemos à sinopse da fita.
Sam Dawson (Sean Penn) é pai solteiro de uma menina de 7 anos, Lucy (Dakota Fanning). Tudo seria “normal”, não fosse o facto de Sam sofrer de um atraso mental que, palavras do médico, lhe permitem somente atingir uma idade mental compatível com a da filha... actualmente. Após um simples acidente, a Segurança Social determina que Sam não reúne as condições necessárias para cuidar da filha, pelo que a coloca à mercê de um processo de adopção. É nessa altura que Sam decide recorrer aos serviços da advogada Rita Williams (Michelle Pfeiffer), conhecida por nunca ter perdido qualquer caso na sua vida jurídica.
Juntos vão agora travar a maior batalha das suas vidas: provar ao júri presente que o amor ultrapassa qualquer barreira, simplesmente porque “love is all you need”.
Com tocantes interpretações, especialmente de Sean Penn (nunca é demais referir o quão impressionante é o seu brilhantismo interpretativo) e Dakota Fanning, este retrato, bastante realista diga-se, de um latente preconceito da sociedade por tudo aquilo que se revela “diferente” do moralmente estipulado é sem dúvida alguma um dos mais representativos filmes sobre esta temática.
A consistência da história bem como a excelente banda sonora a cargo de nomes como, por exemplo, Ben Harper e Eddie Vedder, conferem a este “A Força do Amor” um lugar cativo nos meus filmes favoritos. Porque o é, inquestionávelmente.
Para ver, e rever. Um must see.
“Yeah, you don't know what is like when you try, and you try, and you try, and you try, and you don't ever get there! Because you were born perfect and I was born like this, and you're perfect!”
Nota Final: 8 / 10
“Que O Céu Nos Ajude”... indeed!
Este documentário ateísta (ou será mais agnóstico?) protagonizado pelo comediante e apresentador Bill Maher leva-nos numa viagem pelos diversos fenómenos das principais religiões do mundo, bem como por vários actos considerados pecados, desde a homossexualidade, até ao uso de métodos contraceptivos.
Maher confronta vários indivíduos ligados de alguma maneira a essas mesmas religiões, desde crentes até padres, e o resultado dessas entrevistas é tudo menos esclarecedor. Vemos até que ponto a perspicácia do apresentador consegue arrancar as mais inusitadas respostas aos entrevistados, ou até mesmo a deixá-los sem qualquer argumento válido.
Uma das cenas mais emblemáticas do filme, será mesmo a do “confronto” de Bill com um reverendo. É completamente anedótico como alguém que defende algo tão livre de bens materiais, como são os ensinamentos de
De mencionar ainda a entrevista a um padre “rebelde”, em pleno Vaticano. O facto de não se conformar com muitas das políticas da Igreja, e dizê-lo a quem o quiser ouvir, é simplesmente brilhante e até mesmo inspirador.
Mas passemos a aspectos técnicos. Dinamizando a fita com diversos trechos de filmes com alguma ligação à temática corrente, este “Religulous” consegue, efectivamente, tornar-se num bom produto dentro do género. E os comentários que acompanham as entrevistas (no ecrã, em roda pé) estão extremamente bem conseguidos.
Devo porém clarificar que nem tudo é perfeito. Denota-se, propositadamente ou não, uma procura por personagens que são, por si só, caricatas. Acredito que um pouco mais de “brio” na escolha de alguns dos intervenientes conferisse mais “seriedade” ao assunto em debate. Mas se formos a ver, não é isso que se pretende exactamente.
Irreverente e polémico, “Religulous” mantém-se fiel aos seus príncipios: não pretende atacar qualquer crença nem qualquer religião, mas sim deixar o espectador a pensar no que realmente acredita, no porquê de determinadas questões continuarem sem resposta, e se há de facto algo mais do que “a vista alcança”.
Ou
Nota Final: 7.5 / 10
Leve e divertida. É assim que esta deliciosa comédia romântica deve ser encarada, e foi assim que eu encarei no cinema quando estava rodeado pelos espectadores que 90% eram do sexo feminino.
Seguindo a “base” da premissa de Love Actually, He’s Just Not That Into You guia-nos por uma série de mini histórias de amor que estão de alguma maneira interligadas. Somos guiados por Gigi Haim (Ginnifer Goodwin), uma eterna sonhadora que procura o seu par ideal. Num encontro conhece Conor Barry (Kevin Connolly), que na verdade está-se literalmente a “borrifar” para ela. Passado uns dias, Gigi numa tentativa de encontrar Conor, conhece Alex (Justin Long) com quem cria uma empatia e este a começa guiar pela sua vida amorosa.
“Maybe he lost my number or is out of town or got hit by a cab.”
Conor na realidade tem uma espécie de relação com Anna Taylor (Scarllet Johansson), mas esta por sua vez conhece e envolve-se com Ben Gunders (Bradley Cooper) que é casado com Janine Gunders (Jennifer Connely) que trabalha com Gigi, mas esta não desconfia de nada e na realidade está mais preocupada que o marido comece a fumar outra vez. Beth Barlett (Jennifer Aniston), que é uma espécie de patroa de Gigi e Janine, vive há sete anos com o seu namorado Neil Jones (Ben Affleck) que é irmão de Ben.
Esta é uma versão reduzida da história, que é adaptada da obra com o mesmo nome que o filme e tem como criadores Greg Behrendt e Liz Tuccillo (criadores de Sex & The City), que nos é trazida pelas mãos de Ken Kwapis. Este consegue mostrar-nos de uma maneira simples diversas histórias românticas sem nenhum ter mais tempo de antena que outra. Assim, aquelas histórias que têm mais protagonismo acabam por ter o mesmo grau de importância das outras. Ao seguir uma sequência bem linear com diálogos bem estruturados, Ken Kwapis mostra várias facetas do amor e em particular um bem recente que foi de forma muito inteligente introduzida no filme: as plataformas sociais na internet tal como o myspace, facebook, entre outros.
Reunindo um elenco fantástico, era difícil alguém falhar. Mas como é óbvio alguém foi o bobo da festa, e neste caso em particular foram Bem Affleck e Jennifer Aniston (que surpresa…) que apresentam performances medianas, mostrando uma total falta de conectividade, o que é uma pena pois o casal que formam é um dos pontos fulcrais do filme.
Ginnifer Goodwin talvez como a faceta principal do filme, tem um desempenho bastante positivo, a par de Scarllet Johansson que tinha como um objectivo indirecto ser a sedutora do filme, representou com um à vontade natural que já todos lhe conhecemos. Em relação ao resto do elenco todos merecem uma nota positiva e não deixam os seus créditos alheios.
Recorrendo a diálogos para fazer a verdadeira comédia em vez de cenas caricatas, Ken Kwapis traz uma boa comédia romântica que sem dúvida se situa bastante acima da média deste segmento.
“I had this guy leave me a voice mail at work, so I called him at home, and then he emailed me to my BlackBerry, and so I texted to his cell, and now you just have to go around checking all these different portals just to get rejected by seven different technologies. It’s exhausting.”
Nota Final: 8/10
Pranzo di Ferragosto: Em português, “Almoço de Quinze de Agosto”, é um filme italiano que retrata a vida de um homem de meia idade (Gianni) que ainda vive com a mãe. Esta trata de tudo o que ele precisa porém, a renda da casa está em divida e a única forma de a pagar é Gianni tomar conta da mãe do senhorio. Após diversos imprevistos, este vê-se a tomar conta de quatro idosas ao mesmo tempo...
Filme francês que ganhou uma ‘Palma de Ouro’ na ultima edição do ‘Festival de Cannes’, representou o país nos ‘Óscares 2009’ na categoria de ‘Melhor Filme de Língua Estrangeira’, acabando por sair derrotado. Apontado na altura como o grande favorito, esta situação não subtrai em nada todo o trabalho empregue por todos os intervenientes na película e a qualidade da mesma.
Filmado em sensívelmente dois meses, “Butterfly On a Wheel” conta-nos a história de Neil e Abby Randall (Gerard Butler e Maria Bello), um pacato e feliz casal que mora juntamente com a sua filha, Sophie, em Chicago.
Num fim de semana, Neil é convidado pelo patrão a passar uns dias fora e Abby combinou visitar a irmã Diane, pelo que decidem deixar Sophie com uma babysitter. Quando se prepara para deixar Abby na casa da irmã, Neil apercebe-se que não estão sozinhos no carro... Com eles segue viagem Tom Ryan (Pierce Brosnan), um estranho homem que afirma ter sequestrado Sophie e que começa a chantageá-los exigindo que, por 24 horas, o casal cumpra todas as suas ordens.
Conseguirão Neil e Abby recuperar a filha?
Contando com um conhecido, e competente, trio de protagonistas, “Atormentados” revela-se um filme consistente q.b., e com uma boa dinâmica, tanto cénica como interpretativa. Brosnan mantém-se a um bom nível, e a entrega de Butler permite-lhe bons apontamentos. Devo frisar contudo que a sua química com Maria Bello não convence. Não pela prestação da actriz, que é muitíssimo bem conseguida, mas porque algumas cenas dramáticas entre ambos simplesmente não funcionam.
Também é verdade que a película se deixa cair nos já comuns clichés em filmes deste género (nomeadamente a cena em que Sophie está a porta de casa a despedir-se dos pais...mais do que visto), mas ainda assim o filme acaba por prender o espectador, com uma simplicidade filmográfica que se revela sufiente para um bom produto final.
De notar ainda o twist final (ou devo dizer, double twist?!) que, para mim, será mesmo o que de melhor o filme oferece. Bastante bom.
Assim, e embora pouco promovida, esta fita que dá também pelo nome “Shattered”, não deixa de cumprir a sua função: entreter o espectador.
“Who breaks a butterfly upon a wheel?”
Nota Final: 7 / 10
Sam Reid (Chris Carmack) é uma pessoa fora do normal: tem a habilidade de viajar no tempo. Assim, depois de uma infância difícil em que os pais morreram num incêndio (consequência directa de ter viajado no tempo para salvar a sua irmã Jenna Reid (Rachel Miner) que tinha morrido invés dos pais nesse mesmo incêndio), Sam ganha a vida como uma espécie de vidente para polícia, ajudando a resolver casos difíceis e a identificar assassinos.
Tudo muda quando Elizabeth Brown (Sarah Habel) irmã da ex-namorada de Sam, Rebecca Brown (Mia Serafino) que tinha sido assassinada, lhe faz uma visita para dizer que tinha encontrado um diário que provava que a pessoa que ia ser executada pelo assassinato estava inocente. Sam parte então numa série de idas e voltas no tempo para tentar descobrir o assassino e evitar que Rebecca seja morta. Porém as coisas não correm como Sam esperava.
Com o objectivo de nos fazer esquecer o péssimo segundo capitulo desta saga e talvez com uma corda ao pescoço, a verdade é que Butterfly Effect Revelations surpreende muito pela positiva. Escrito por Holly Brix, Seth Grossman traz-nos um filme intenso, difícil de largar, mas surpreendentemente curto (uma hora e vinte minutos). Não supera nem de perto nem de longe o primeiro filme, mas consegue-nos estar sempre a fazer raciocinar sobre o que irá ser alterado ‘nesta’ viagem do tempo, coisa que em Butterfly Effect 2 nem passava pela cabeça.
Chris Carmack tem aqui um bom desempenho, transpondo para o ecrã uma verdadeira obsessão e um desejo de descobrir o que está a acontecer e o que lhe está a escapar. Em relação ao resto do elenco nada mais há a dizer, pois têm pouco ‘tempo de antena’.
Nota Final: 7/10
Por volta dos anos 70, Louis Hinds (Samuel L. Jackson) e Floyd Henderson (Bernie Mac) faziam furor como o coro dos “Real Deal”, que tinha como vocalista Marcus Hooks (John Legend). Quando Marcus decide fazer uma carreira a solo e se torna uma super estrela internacional, Louis e Floyd gravam um disco juntos fazendo bastante sucesso, mas inevitavelmente acabam por se retirar do mundo da música.
Anos mais tarde, quando Marcus Hook morre subitamente, Floyd vê-se na posse de um convite para ir cantar no funeral e é confrontado com uma missão quase impossível: convencer Louis a actuar a seu lado. Assim, os dois fazem-se à estrada passando por diversas situações caricatas, incluindo a visita ao antigo amor dos dois, que entretanto tinha falecido, e conhecem então a sua filha Cleo (Sharon Leal) que após uma confusão com o namorado se torna companheira de viagem da dupla de cantores.
Soul Men, tal como o nome diz, é uma homenagem à música soul. Malcom D. Lee faz um bom trabalho, trazendo até nós um filme sem objectivos por aí além mas que nos diverte com cenas muito boas entre a dupla de actores principal. Apesar do que disse atrás, existem cenas que são demasiado forçadas e gastas que nos deixam sem reacção e nem um sorriso conseguem arrancar. Em termos de características técnicas, quase nada se destaca pois o plano de imagem foi deixado de lado, com as câmaras só interessadas em focar os actores. Claro que no campo da banda sonora, podemos esperar grandes momentos, com a música tradicionalmente afro-americana a brilhar intensamente.
Samuel L. Jackson está igual a si próprio, e por diversas vezes pensei que estava a ver o Snakes on a Plane. Bernie Mac tem aqui a sua última aparição no ecrã (muito bem conseguida), pois faleceu um pouco após o terminar das filmagens do filme e sinceramente acho que deixará alguma saudade como actor.
Musica soul no seu melhor.
Nota Final: 7/10
Claustrofóbico, inteligente, tenso, maduro e assustador. Assim é, muito resumidamente, este “The Strangers”. Mas primeiro passemos à história.
James Hoyt (Scott Speedman) tinha planeado tudo minuciosamente: pediria a namorada Kristen Mc
Mas se até ali a sua noite se revelara difícil... o pior ainda estava para vir... Após uma estranha jovem bater à porta do casal à procura de alguém que não estava na casa, três estranhos mascarados (um homem e duas mulheres, incluindo essa rapariga) começam a aterrorizá-los: estão dentro de casa, vigiam cada um dos seus passos, impossibilitaram-lhes a comunicação com o meio exterior... Conseguirão agora James e Kristen sobreviver aos perigosos “jogos” que lhes estão reservados?
Inspirado em factos verídicos, “Os Estranhos” revela-se uma película que, talvez por isso mesmo, consegue transmitir ao espectador um receio acrescido. Valendo-se de uma simplicidade técnica, livre de efeitos especiais, consegue um ambiente perturbador, que joga ainda com uma boa fotografia, lentidão propositada de algumas cenas e boa edição de som.
Sobre este último pormenor aliás, devo alongar-me um pouco mais. Não se limitando às previsíveis situações de “música dramática” num qualquer momento “assustador”, o realizador Bryan Bertino prefere apostar num mais inteligente uso dos sons. E isso é visível quando as duas cenas mais perturbadoras do filme são tão distintas: numa não se regista qualquer som, e noutra, o som de um gira discos estragado confere a atmosfera claustrofóbica e de pânico necessárias para o momento em questão.
Quanto ao elenco, nada a apontar. Os protagonistas Tyler e Speedman estão competentes nos seus papeís e conseguem, especialmente na primeira meia hora do filme, uma tensão interessante entre as suas personagens, e que prende certamente o espectador.
Mais um thriller psicológico do que propriamente um filme de terror, “The Strangers” segue uma linha livre de dramatismos, sem recorrência a cenas gore e com uma extrema contenção e seriedade que mostra como a crueldade, e loucura, humana conseguem ser das mais assustadoras temáticas a serem abordadas. A ausência de respostas é também, a meu ver, uma mais valia, reforçando o efeito pretendido pelo filme.
Fala-se numa sequela. A ver vamos o que conseguirão dedilhar a partir desta boa e perturbadora história.
“Since we've been here, I haven't heard a dog bark...or a car pass. Nothing. Just us and them.”
Nota Final: 7.5 / 10
Para fugir aos maus tratos do marido, Josey Aimes (Charlize Theron) decide voltar para a casa dos pais na sua cidade natal, Eveleth, no Minnesota. Lá ela começa a trabalhar na exploração das minas de ferro (o trabalho mais remunerado da região) por forma a conseguir sustentar os seus dois filhos.
Tudo correria bem, não fosse o facto dos homens empregados nas minas não se conformarem com a presente situação de trabalharem lado a lado com mulheres, o que despoleta uma série de injúrias contra as mesmas, que vão desde ameaças, a perseguições e até mesmo assédio sexual.
Conseguirá agora Josey provar em tribunal que, tanto ela como as outras mulheres empregadas na exploração, foram de facto vítimas em toda esta história?
Inspirado no livro “Class Action: The Story of Lois Jenson and the Landmark Case That Changed Sexual Harassment Law” de Clara Bingham e Laura Leedy Gansler, que narra aquele que foi o primeiro caso de assédio sexual contra uma empresa, Jenson vs. Eveleth Taconite Co., “Terra Fria” aborda uma temática pouco recorrente no cinema actual: a discriminação sexual.
Com alguns bons planos de corte, e com um argumento que se revela bem estruturado, esta fita vale-se bastante do experiente leque de actores e da sua entrega a este projecto da realizadora Niki Caro. Woody Harrelson e Richard Jenkins estão, uma vez mais, irrepreensíveis, bem como Frances McDormand que, com a sua personagem Glory, consegue algumas das melhores cenas do filme. Por fim, resta-me salutar Charlize Theron pela sua capacidade em transmitir (e bem!) uma enorme veracidade a todos os papéis que interpreta.
“North Country” é assim um filme que, num tom mais ou menos documental, mostra que mesmo nos tempos mais recentes, situações como esta são possíveis e, infelizmente, reais. Uma fita de interesse pela mensagem que transmite e pelos importantes acontecimentos que retrata.
“What are you supposed to do when the ones with all the power are hurting those with none? Well for starters, you stand up.”
Nota Final: 6.5 / 10
Remake do filme coreano “Yeopgijeogin geunyeo” de 2001, e baseado numa história verídica, “A Minha Namorada é Louca” conta-nos a história de Charlie Bellow (Jesse Bradford), um tímido estudante que um dia salva a vida de uma (alcoolizada) jovem no metro. Essa rapariga é Jordan Roark (Elisha Cuthbert), uma extremamente complicada “menina rica” que esconde um desgosto de amor...
Com uma série de peripécias pelo caminho, eles acabam por se apaixonar, apesar das constantes “catástrofes” provocadas por Jordan na vida de Charlie. Resta agora saber: ficarão juntos?
Contando com um elenco ainda em ascenção, especialmente Elisha Cuthbert, que marcou presença num dos mais rentáveis blockbusters dos últimos anos, “The Girl Next Door”, certo é que a história funciona muito pela dinâmica criada entre os actores. E embora uma ou outra situação merecesse revisão, a película não se vê comprometida. Os cenários do filme são uma delícia visual, bem como a banda sonora, apropriada para o estilo em questão.
Relativamente ao facto de ser um remake “hollywoodesco”, este é considerado bastante mais fraco que o original de 2001. Porém, devo dizer que me conquistou, embora não descarte a hipótese de comprovar tal opinião que é, aparentemente, geral.
Em tom conclusivo, há que mencionar aquilo que de mais forte o filme oferece ao espectador: a sua recta final. Faz já bastante tempo que não me deparava com um final tão satisfatório em filmes deste género. Surpreendeu-me pela positiva, pois teve tanto de original como previsível q.b. (o que ao contrário do que muitos pensam, nem sempre é mau para uma fita com os objectivos a que esta se propõe).
Assim, “My Sassy Girl” arranca boas gargalhadas do público, e uma dose certa de comoção. Era o que pretendia e que, felizmente, alcançou. Watchable.
“Destiny is the bridge you build to the one you love.”
Nota Final: 6.5 / 10
Marty Bronson (Jonathan Pryce) vive com os seus dois filhos num hotel do qual é dono. A família é feliz mas Marty que apesar de ter bastante jeito para ser pai não tem jeito nenhum para gerir as contas do hotel. Obrigado a vende-lo, o seu único pedido a Barry Nottingham (Richard Griffiths) é que o seu filho Skeeter fosse um dia gerente do hotel. Assim, passado 25 anos, Skeeter (Adam Sandler) trabalha arduamente no hotel como uma espécie de faz-tudo para merecer esse mesmo posto. Quando percebe que essa promessa nunca iria ser cumprida, Skeeter deixa-se ir abaixo.
Tudo muda quando a sua irmã lhe pede para ficar uma semana a tomar conta dos seus sobrinhos. Num dia, após na noite anterior ter contado aos sobrinhos uma história para estes adormecerem, coisas estranhas acontecem e Skeeter percebe que estas estão ligadas com a história da noite anterior. Assim, Skeeter começa a tentar mudar a sua vida, mas após algumas tentativas falhadas percebe que só as partes das histórias que são contadas pelos sobrinhos é que realmente acontecem.
Realizado por Adam Shankman, Bedtime Stories é um filme mediano que só é capaz de nos iluminar os olhos com alguns pormenores. Com alguns bons efeitos especiais, este filme provavelmente encantará as crianças e alguns adultos com um sentido de humor mais alargado.
Com um bom elenco (para um filme da Disney), a verdade é que ninguém se destaca. Adam Sandler está igual a si próprio e a verdade é que não existe quase nenhum momento de verdadeira ligação entre este e os dois pequenos da história: Jonathan Morgan Heit e Laura Ann Kesling. Ainda quem dá um aspecto mais ternurento à história é Jonathan Pryce que transmite um sentido paternal muito bom.
Para terminar, destaco a verdadeira estrela desta história: o porquinho-da-índia com os seus olhos gigantes.
Nota Final: 5/10
Chega-nos pela mão de um agora realizador Frank Miller, “The Spirit”, a adaptação homónima dos comics de 1940 de Will Eisner. A história tem como protagonista Denny Colt (Gabriel Macht), um ex-investigador da polícia que é assassinado... mas que regressa miraculosamente à vida sob a identidade do mascarado Spirit, combatendo o crime em Central City.
Bem ao estilo de “Sin City – Cidade do Pecado” em termos visuais, “The Spirit” peca talvez por isso. Não só Frank Miller se revela extremamente inexperiente nesta sua nova faceta de director/realizador, como ainda se tenta prender em aspectos técnicos que, embora brilhantes, não podem, nem devem, ser a base de sustentação de qualquer filme. O argumento sustenta e os efeitos compõe. E nesta película, infelizmente, isso não se verifica.
É certo que, no que à adaptação dos comics diz respeito, não me posso própriamente pronunciar, uma vez que não tive oportunidade de os ler. Ainda assim, tenho sérias dúvidas que, mesmo reconhecendo o filme como uma boa adaptação, tal facto me faça mudar de ideias. Mas adiante...
Relativamente ao elenco, o brilhantismo recai única e exclusivamente sobre Eva Mendes, que aqui interpreta
Fora isso, pouco mais há a retirar desta fita. Com algumas situações que roçam mesmo o rídiculo, “The Spirit” prende-se ainda com pormenores irrelevantes, diálogos extremamemente forçados, e o facto de tentar ser um filme noir ao mesmo tempo que se excede em algumas situações de humor, o que acaba por torná-lo fraco, triste e pouco inspirado. É assim, uma das desilusões do mês e, quiçá, do ano.
“My city screams. She is my love. She is my life, and I am her Spirit.”
Nota Final: 4 / 10
- Somewhere
- 127 Hours
- Blue Valentine
- The Dilemma