Andie (Briana Evigan) é uma jovem rebelde que mostra todo o seu talento para a dança de forma ilegal, actuando em pleno metropolitano com a sua crew, os 410, e causando alguma desordem. Confrontada pela melhor amiga da mãe, que a tem a seu cargo desde a morte da progenitora, Andie só tem duas hipóteses: mudar-se para o Texas ou seguir o conselho do seu amigo de longa data, Tyler Gage (Shanning Tatum) e ir a uma audição na tradicional escola de artes de Maryland. Lá, Andie conhece Chase (Robert Hoffman) um popular aluno, e irmão do director da escola, por quem acaba por se apaixonar.
Incapaz de conciliar os treinos do seu grupo de dança com a escola, Andie é expulsa dos 410. É então que decide criar, juntamente com Chase, um novo grupo de dança com alguns dos alunos marginalizados da escola, por forma a poder competir nas ruas de Baltimore, contra outros grupos, incluindo os 410. Conseguirá a jovem vencer todas as barreiras e diferenças através da sua paixão pela dança?
Esta sequela do êxito do box office americano “Step Up” não prima pela originalidade do guião, e muito menos por prestrações brilhantes, vendo antes uma preocupação por parte do realizador, Jon Chu, em se focar no factor entretenimento que aqui aparece sob a forma de coreografias inequivocamente bem conseguidas. De referência imediata a sequência final que vale por todo o filme. É soberba, bastante original e criativa.
A banda sonora apresenta-se composta por um grupo de faixas bem conhecidas do público alvo e por isso mesmo, não compromete o produto ajudando claramente à sua comercialização e sucesso.
Típicamente adolescente, recheado de clichês, lamechas q.b e pouco criativo a nível da história, “Step Up 2” consegue ainda assim cumprir os seus objectivos com uma fotografia cuidada e diversidade de estilos e backgrounds que servem o propósito do entretenimento simples. Aconselhado a fãs do género e a quem pretender visualizar um filme de fácil consumo.
“Look, the streets is about where you're from. It's not some school talent show. There's no spring floors. There's no spotlights to use what you got and... what makes you think you got it, huh?”
Nota Final: 6.5 / 10
Há 10 anos atrás, a cidade de Harmony ficou marcada por um terrível acidente. Um grupo de mineiros ficou soterrado por culpa de um acto irreflectido de Tom Hanniger, um ainda inexperiente mineiro e filho do dono das minas Hanniger. Desse grupo, só Harry Warden sobreviveu, entrando porém num coma do qual só veio a despertar um ano depois, no dia 14 de Fevereiro.
Assim, sedento de vingança, o mineiro assassina 22 pessoas, entre os quais, um grupo de jovens que celebrava o dia de São Valentim. Nessa mesma noite, Harry reencontra Tom, mas é abatido pela polícia antes de conseguir matar o jovem. Agora, Tom está de regresso a uma cidade marcada pela tragédia, e cujos habitantes nada mais nutrem por ele que desconfiança e rancôr...
Eis a história da minha primeira experiência 3D no cinema. Boa companhia, pipocas e um filme... deprimente. Pois, não correu lá muito bem para primeira vez. “São Valentim Sangrento” apresenta-se como um remake do filme homónimo de 1981, e nada mais é que o típico filme slasher sem conteúdo. Uma premissa gasta à partida, nada inovadora, carregada de clichês, previsível e, guess what, extremamente aborrecida.
Vale talvez por algumas tiradas de humor negro, e por um ou outro efeito 3D bem conseguido. Embora, confesse, sejam bastante repetitivos. O instrumento de susto pouco varia, estando o espectador condenado a ser “atacado” constantemente pela picareta do assassino.
A única cena digna de relevo (e desculpem-me as mentes mais sensíveis), será mesmo a do hotel. Sim... há nudez gratuita. Mas é isso que destaca a cena das demais. É a única inovação da qual o realizador Patrick Lussier se pode gabar (e com um bom desempenho por parte da actriz Betsy Rue, apesar das condicionantes naturais neste tipo de cena).
Porque à parte disso, só há mesmo a retirar péssimas interpretações de um elenco jovem maioritariamente televisivo (“Supernatural” e “Dawnson's Creek” que, obviamente, não garantem bons actores cinematográficos), diálogos banais e monótonos, cenas sem nexo e uma fraca ambição (bastante notória na recta final do filme, que pouco mais é que risível). Tudo bem que estamos a falar de uma película claramente destinada ao entretenimento, mas não é razão para o profundo desleixe que se sente na fita.
Dispensável, a não ser que vá assistir ao filme livre de quaisquer expectativas.
“Damn Harry Warden. Got me aiming at shadows.”
Nota Final: 4 / 10
Im-per-dí-vel. Mark my words on this one.
Inserido no culto dos mestres de terror vivos do MOTELx, este “Re-Animator” de Stuart Gordon é sem dúvida um dos mais conhecidos, populares e aclamados filmes dentro do género do terror.
Gordon apresenta-nos a história de Herbert West (Jeffrey Combs), um brilhante cientista que conseguiu criar em laboratório uma estranha substância capaz de dar vida aos mortos. Após a morte de um professor seu, na Suíça, West vê a oportunidade perfeita para testar a substância. Contudo, a experiência corre mal, e o jovem médico é de seguida transferido para uma faculdade de medicina americana, a Miskatonic University, onde continua os seus estudos.
É lá que conhece Daniel Cain (Bruce Abbott), um promissor médico cujo principal objectivo é salvar vidas. Vendo na substância de West uma hipótese de dar a vida aos seus potenciais pacientes, Dan ajuda-o a ter acesso à morgue do Hospital onde trabalha. Lá são realizadas novas experiências, que correm igualmente mal, e é nessa altura que os seus estudos se vêem expostos e cobiçados por Carl Hill (David Gale), um médico cujo maior desejo é possuir a noiva de Dan, a ingénua Megan (Barbara Crampton).
Conseguirão agora Dan e Herbert evitar que a substância caia nas mãos do vil médico?
Irreverente, inovador, demente e extremamente divertido. Uma masterpiece brilhante a vários níveis, desde o argumento (adaptação livre da obra de H. P. Lovecraft, “Herbert West: Reanimator”), até às interpretações por parte de todos os actores, efeitos especiais (a chegada do Dr. Carl Hill ao escritório, com a sua cabeça a ser transportada pelo seu próprio corpo decepado, por exemplo, está brilhantemente conseguida), montagem, técnicas de filmagem. Nada é deixado ao acaso nesta longa metragem que garantiu uma das melhores audiências na 3ª edição do Festival Internacional de Cinema de Terror.
Filme trash por excelência, ou típicamente série B, se preferirem, “Re-Animator” prima pela apresentação de cenas totalmente explícitas e corrosivas, de um refinado humor negro e de inteligentes diálogos, provando que o terror é também uma categoria digna dos melhores clássicos.
Desta forma, caro leitor, não se pode considerar verdadeiramente fã do género se nunca visualizou esta película, portanto, apresse-se a fazê-lo!
“Who's going to believe a talking head? Get a job in a sideshow.”
Nota Final: 9 / 10
Cliente: Judith, uma mulher já na casa dos 50 anos, é divorciada e vive sozinha. Esta costuma recorrer a serviços sexuais de rapazes mais novos através da Internet... Assim conhece Patrick e com este estabelece uma relação. Mas Patrick pode não ser aquilo que aparenta...
Julie & Julia: Antes de revolucionar o modo de cozinhar, Julia era somente uma americana residente em França. Por seu lado, Julie estagnou ao contrário de todas as suas amigas. Assim, esta precisa de um projecto: passará um ano a cozinhar as receitas de Julia, e publicará essas experiências num blog...
Ne Change Rien: Jeanne Balibar é filmada por Pedro Costa em tons de preto e branco. A actriz é acompanhada nas suas sessões de canto, do registo rock ao registo lírico.
Miracle at St. Anna: Aquando a Segunda Guerra Mundial, as histórias de quatro soldados afro-americanos cruzam-se quando se vêm encurralados por fogo inimigo e longe da sua unidade...
Carriers: Quatro jovens vagueiam de jipe em pleno deserto. Estes lutam pela sua vida, na tentativa de escapar a uma pandemia mortal que se transmite de humano para humano. Mas quem será o seu pior inimigo? O vírus em si, ou o seu interior mais negro?...
Tetro: Tetro e Bennie, de apenas 17 anos, são irmãos e vão reencontrar-se 10 anos depois. A chegada de Bennie vai trazer de volta os fantasmas e problemas da família que ficaram por resolver no passado...
A Christmas Carol: Filme de animação, conta a história de Ebenezer Scrooge, um homem com mau humor, que maltrata os seus funcionários e o seu simpático sobrinho. Entretanto, os fantasmas do Natal Passado, Presente e Futuro levam-no para uma viagem que o confrontará com as suas maldades, na tentativa de o salvar antes que seja tarde de mais...
Numa algo atribulada ida ao cinema, optámos por um dos filmes menos publicitados, o thriller de terror “The Echo”, um remake do filme filipino “Sigaw” de 2004 e que conta, curiosamente, com o mesmo realizador, Yam Laranas. Ao contrário da maioria dos remakes, “The Echo” tem uma clara vantagem ao contar com o realizador do original para proporcionar uma melhor adaptação para os cinemas americanos.
Agora... Filme de terror? Bem, terror é uma categoria bastante subjectiva. Desde uma maior atenção da minha parte para filmes deste género que se tornou mais simples uma distinção dentro do mesmo. Uma divisão de classes, por assim dizer. É por isso mesmo que posso afirmar que “O Eco”, apesar de montado e publicitado como tal, está mais perto de um thriller do que de um filme de terror, puro e duro. Tem algumas cenas que apelam nesse sentido, mas pouco mais.
A fita prende o espectador com um suspense contido, difícil de digerir e compreender. Porque a situação assim o exige. Mas abordemos a história primeiro.
Bobby (Jesse Bradford) é um jovem em liberdade condicional que luta por refazer a sua vida. Volta à sua cidade natal, Nova Iorque, arranja um emprego e tenta reconquistar Alyssa (Amelia Warner), a sua antiga namorada. Agora, a viver na casa que pertencera à sua mãe, Bobby começa a apercerber-se de estranhos acontecimentos relacionados com os seus vizinhos. À medida que os ecos de uma história aparentemente por resolver galgam na vida do jovem, adensa-se o mistério em volta da morte da sua mãe. Conseguirá Bobby desvendar o mistério antes que este o leve à loucura e até, quem sabe, à sua própria morte e daqueles que ama?
A película deixa a sensação que algo mais poderia ter sido feito a nível de background da personagem principal. Embora sejam dadas algumas explicações, sente-se um desleixe nesse sentido, focando-se o filme num conjunto exarcebado de questões por responder.
A complexidade é uma constante, e alguns pormenores poderão confundir o espectador. Contudo, a fita vive muito dos efeitos sonoros, jogo de luzes e cores (os tons mortos conferem um ambiente interessante e claustrofóbico) e planos de acção capazes de provocar alguns “sustos”. E é nisso que se destaca. O trabalho de câmara está muito bem conseguido, de facto.
É um filme difícil de digerir, denso, e longe de ser perfeito, mas que se consegue consumar em competência. Cumpre aquilo a que se propõe.
“You hear them... don't you?”
Nota Final: 7 / 10
Curta de 6 minutos de duração, com selo Pixar e que antecedeu a transmissão de “UP” nos cinemas. E que bela curta de animação!
Uma nuvem. Uma cegonha. Bebés. Muitos bebés. As nuvens, através da sua própria composição e da força dos raios, trazem à vida bebés de todas as espécies. Mas há uma nuvem, Gus, que tem tendência para criar bebés mais “problemáticos” e perigosos: crocodilos, enguias, porcos-espinhos... E quem acaba por sofrer é mesmo a sua fiel amiga Peck, a cegonha responsável pelo transporte dos bebés.
Os dias passam, os transportes sucedem-se... até ao dia em que a cegonha parte para outra nuvem...
Isento de diálogos, esta curta de Peter Sohn (um dos storyboarders da Pixar que, curiosamente, foi a voz de Emile na versão original de “Ratatouille”) é a prova de como a partir de uma tão simples ideia, e num tão curto espaço de tempo, se consegue produzir um produto qualitativamente rico.
Os excelentes efeitos são já uma constante em qualquer trabalho que se apresente como sendo um produto Pixar, e claro, "Parcialmente Nublado" não foge à regra, conseguindo um belíssimo jogo de cores e texturas, aliado a bons efeitos sonoros, imprescindíveis dada a falta de diálogo da curta. Sem qualquer ponto negativo a apontar, portanto.
Os valores da amizade, a sua resistência à mágoa (física ou não), e a sua capacidade de se fortalecer, são abordados de maneira enternecedora, e que soube certamente conquistar os espectadores que aguardavam pelo visionamento da longa que se seguia. Mas a espera foi tudo menos desagradável isto porque, uma vez mais, a Pixar provou que não se limita só em realizar produtos para as crianças, proporcionando também aos adultos histórias que têm um significado especial, uma lição de vida e o poder de invadir e despertar todo o seu imaginário.
Assim vale a pena. A ver aqui: http://www.redbalcony.com/?vid=24992. Não percam!
Nota Final: 9 / 10
Que dizer de uma das melhores curtas a passar pelo MOTELx?
Não quero de modo algum com esta afirmação subvalorizar a curta vencedora, até porque, infelizmente, não a consegui visualizar (pelo menos para já), porém, devo dizer que nada me espantaria ver “Papá Wrestling” sair coroado desta pioneira iniciativa. Ainda assim, conseguiu sair do Festival com uma menção honrosa atribuída pelo júri e que não foi, de todo, atribuída “à toa”, senão vejamos...
Extremamente gore, masoquista, divertido (!), criativo e inovador, “Papá Wrestling” apresenta ao espectador a história de um tímido rapaz (Bruno Silva) que é mal tratado pelos rufias da escola. Um dia, roubam-lhe a lancheira do almoço, e humilham-no. Chegando a casa, o rapaz conta o sucedido ao pai (Clemente Santos), um wrestler na reforma, que sem pensar duas vezes parte em busca de uma vingança sangrenta...
A nível interpretativo, não é demais afirmar que os jovens “actores” têm uma prestação claramente fraca, factor que só se consegue esquecer pelo argumento inebriante, rico em humor negro (o qual estamos, infelizmente, pouco habituados a ver) e virtuosamente elaborado por Fernando Alle. Outro dos pontos fortes da curta de 8 minutos de duração prende-se com o contraste latente da personagem do pai. Se por um lado é extremamente carinhoso e preocupado com o filho, por outro é capaz das maiores atrocidades contra aqueles que de alguma forma o prejudicam.
Os efeitos especiais e sonoros estão bastante bem conseguidos, quanto mais não seja pelo teor pesado que a curta exige. A agressividade é latente e permite um cheirinho ao estilo Tarantino que é sempre digno de se ver.
Imperdível, um verdadeiro must see dentro do género. A conferir em http://www.youtube.com/watch?v=xPZMmjRceqM.
“Papá, os meninos maus da escola roubaram-me a lancheira que tinha o almoço que tu fizeste com tanto amor e carinho.”
Nota Final: 7.5 / 10
Baseado no anime criado por Hiroyuki Kitakubo, chega-nos a história de Saya (Gianna Jun), uma jovem japonesa de 16 anos, que trabalha para uma organização não governamental cuja principal missão é aniquilar seres demoníacos.
A particularidade, é que Saya é uma das últimas vampiras originais, filha de pai humano e mãe vampira. A jovem vive com um só objectivo: vingar-se de Onigen, o demónio que matou toda a sua família e cuja verdadeira identidade é abraçada por um segredo...
Alguns contornos da história permitem ao espectador afirmar estar perante uma versão feminina de Blade, porém, embora as semelhanças consideráveis, o que salta à vista é o facto deste “Blood – The Last Vampire” não chegar sequer aos calcanhares dos dois primeiros filmes da referida trilogia protagonizada por Wesley Snipes. Mas vamos ao filme em si...
Sem diálogos eloquentes ou extensos, “Blood: O Último Vampiro” deixa muito a desejar. Se por um lado realiza um bom esforço em dinamizar sequências de acção mais que vistas (destacam-se as cenas de luta na floresta nipónica, por exemplo), com efeitos especiais inovadores, por outro perde o rumo graças a uma actuação fraquíssima por parte dos actores.
Consegue alguns bons planos de acção e fotografia, mas quase de imediato desfaz esse crescendo desempenho ao apresentar-se com uma fraca montagem. A continuidade das cenas vê-se comprometida por inúmeras vezes, causando um desnorte natural no espectador. Falha grave ainda no CGI, como podemos observar pelo vilão fraquíssimo, mal conseguido, e pouco apelativo.
Completamente oco, sofrível, vazio e dispensável. Assim é mais este filme de vampiros, que prometeu mais do que aquilo que pode realmente oferecer. E agora pergunto-me: porquê colocar numa sala de cinema, um live-action tão mau que, aos primeiros minutos, se revela desde logo um erro? Dá que pensar.
"She's out there... searching..."
Nota Final: 3 / 10
O GoldenTicket aderiu à comunidade facebook com o objectivo de partilhar com cada vez mais pessoas, as nossas opniões sobre filmes e sobre todo o mundo do cinema.
Juntem-se a nós aqui: http://www.facebook.com/pages/Golden-Ticket/311983965510
- Somewhere
- 127 Hours
- Blue Valentine
- The Dilemma