“1, 2, 3.. toca en la pared!”.
O cinema espanhol tem produzido filmes com grande qualidade, fazendo inveja a muitos de ‘Hollywood’. ‘O Orfanato’, de Juan Antonio Bayona, vem nessa senda de filmes, e tem em Laura (Belén Rueda) a personagem principal. Esta, juntamente com o seu marido e filho Simón, mudam-se para a casa onde viveu em criança em conjunto com os restantes orfãos, naquela que foi então um orfanato.
O objectivo desta mudança é recuperar a casa e acolher meninos com necessidades especias. Este objectivo vê-se interrompido pelo desaparecimento de Simón, um menino solitário que tinha somente como companhia ‘amigos imaginários’. A longa e incessante busca desta mãe sem obter qualquer pista, leva-a a crer que o desaparecimento do seu filho está envolto em fenómenos paranormais e com uma ligação histórica aquela casa.
Conferindo a Laura uma enorme carga dramática, esta mãe vê-se disposta a ‘reviver’ o passado e a enfrentar um presente que desconheçe, tudo para reencontrar o seu filho. ‘O Orfanato’ não ser trata de um filme de terror, mas sim de um filme envolto em grande mistério e com bons momentos de suspense.
Sabendo a lacuna que hoje em dia assola a indústria cinematográfica (em relação a bons filmes deste tipo) e, apesar da ideia do filme não ser totalmente original (casa assombrada, com uma atmosfera algo pesada e alguns sustos mais ou menos previsiveis), acaba-se de ver o filme e sai-se com a ‘auto-estima’ um pouco mais em alta. Afinal, ainda se conseguem construir boas e coerentes histórias dentro deste género.
Nota Final: 7.5/10