10/05/09: a data em que perdi duas preciosas horas com um filme no mínimo vazio. Mas atentemos primeiro à história...
Massachusetts, 1959. Alguns alunos da escola William Dawes procedem à realização de vários desenhos representativos do que pensam vir a ser o futuro, com o objectivo de os colocarem numa cápsula do tempo que seria aberta 50 anos mais tarde, no dia de aniversário da escola. Essa ideia pertence à pequena Lucinda Embry (Lara Robinson), uma menina introvertida que, ao contrário dos colegas, não se encontra a desenhar, mas sim a preencher a sua folha com uma série de números aleatórios.
E é precisamente esse “desenho” que, no presente ano de 2009, vai parar as mãos de Caleb Koestler (Chandler Canterbury). Quando o seu pai, o professor de astrofísica John Koestler (Nicolas Cage), analisa a folha descobre que não se tratam de números sem significado, mas sim de datas de catástofres, naturais e não só, que ocorreram nos últimos anos, e de outras que estão por acontecer. Para além das datas, John descobre que também é mencionado com precisão o número de vítimas mortais bem como o local exacto onde ocorreu cada um dos desastres.
Conseguirá ele agora evitar as calamidades que se aproximam?
Com uma premissa que prometia bastante dado o seu carisma apocalíptico e a análise da recorrente dicotomia ciência/religião, facto é que “Sinais do Futuro”, do mesmo realizador de “I, Robot”, Alex Proyas, se revela um filme fraco, desinspirado, superficial e com um dos finais mais non sense de que me lembro dentro de filmes do género.
Pecando em diversos aspectos, nomeadamente a nível do argumento e consistência da história, esta película vê como “tábua de salvação” os efeitos especiais que se encontram muito bem conseguidos. Uma das melhores cenas do filme é mesmo a de um desastre de avião que mata 81 pessoas. É uma boa sequência e perturbadora q.b..
Em tom conclusivo devo frisar que, no que ao elenco diz respeito, “Knowing” deixa uma vez mais a ideia de que Nicolas Cage ainda não se conseguiu voltar a encontrar enquanto actor. Posso mesmo afirmar que existem falhas em algumas das suas cenas que são, no mínimo, risíveis. A compensar, talvez só a prestação do jovem Chandler Canterbury, que esteve competente.
Com lacunas claras e parco em explicações lógicas, o que pretendia ser um filme inteligente e coeso, falha amplamente. Dispensável.
“This isn't the end, son.”
Nota Final: 5 / 10
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