Baseado na vida de Ian Curtis (Sam Riley), vocalista e guitarrista ocasional da banda Joy Divison, que revolucionou o panorama musical no Reino Unido nos finais dos anos 70, “Control”, inteiramente a preto e branco, leva-nos numa viagem intemporal pelos sons que marcaram uma geração.
Com grandes interpretações, especialmente dos protagonistas Sam Riley e Samantha Morton, que interpreta Deborah, a mulher de Ian, esta biopic permite-nos acompanhar a vida do carismático vocalista que perdeu a vida aos 23 anos, no dia 18 de Maio de 1980, vítima de suicídio por enforcamento, desde a sua problemática adolescência até à entrada a pulso no mundo da música, onde atingiu a fama... e se perdeu cedo demais.
Rica pela fotografia sublime (que capta na perfeição o ambiente daquela Inglaterra mais alternativa, ou não fosse o também realizador, um fotógrafo profissional), bons planos de corte, excelente banda sonora (não só nas cenas de actuação da banda, mas também pelas músicas a cargo de nomes como New Order, Sex Pistols, entre outros), intensidade dramática credível (um bom exemplo são as cenas relativas aos ataques de epilepsia de Ian, que estão muitíssimo bem conseguidas) e excelente colecção de factos, informações e organização argumentativa, esta fita do holandês Anton Corbijn, coloca-nos em contacto com diversos aspectos da vida de Ian.
As suas dúvidas existenciais, as letras carregadas de sentimentos de destruição e morte, o seu trabalho enquanto funcionário público (com bastante sucesso diga-se) em Machester e Macclesfield, a relação com a mulher Deborah Curtis e o caso extra conjugal com a jornalista Annik Honoré (Alexandra Maria Lara)... todos estes aspectos que fizeram da sua vida algo singular acabam por tornar esta película num produto único e sincero.
Um must see brilhantemente produzido que se revela imperdível para fãs do músico, e não só!
“When you look at your life, in a strange new room, maybe drowning soon, is this the start of it all?”
Nota Final: 8.5 / 10
- Somewhere
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