Roger Ferris (Leonardo Di Caprio) é um agente da CIA que tenta desmantelar uma rede terrorista. Nas suas investigações pouco ortodoxas, descobre que o líder do grupo terrorista opera da Jordânia. Contando com o apoio do líder dos Serviços Secretos da Jordânia, Ferris para se infiltrar na rede terrorista tem de convencer o chefe da operação em Langley, Ed Hoffman (Russel Crowe).
Realizado por Ridley Scott, chega-nos um filme com um ritmo intenso, com uma história interessante, mas no entanto com alguns clichés. Utilizando o esquema de Eagle Eye, Scott usa e abusa do esquema de imagens de satélite, tornando-se por vezes algo irritante e desnecessário.
A ideia principal do filme é mostrar um dos princípios básicos dos agentes da CIA: não confiar em ninguém. É com essa ideia que Leonardo Di Caprio desempenhando o papel de herói solitário tem um grande desempenho, sendo-nos apresentado com uma barba bem típica daquela região. Este sentiu-se particularmente à vontade no papel pois é fluente na língua.
Russel Crowe tem um papel descontraído e cínico, pois coordena uma operação a milhares de quilómetros de distância, dando ordens para matar pessoas e ao mesmo tempo passa momentos agradáveis com a mulher e o filho. Para minha surpresa, o melhor desempenho é obtido por Mark Strong que desempenha o papel de Hani, o chefe dos serviços secretos da Jordânia. Este desempenha um papel bastante carismático e interessante, estando sempre em cima do acontecimento e não deixando que Ferris o engane e o use como um meio para chegar ao fim da operação.
Body of Lies é um bom filme, mas falha na arquitectura da história, impondo ao espectador que este faça um esforço complementar para acompanhar o ritmo com que a história se desenrola, o que era desnecessário pois o fim acaba por ser algo decepcionante.
Nota Final: 7 / 10
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