Depois do mais que anunciado judgement day em Terminator Salvation estamos em 2018 e a Skynet domina aquilo que resta do mundo humano. John Connor (Christian Bale) lidera a resistência contra os exterminadores da Skynet.
No entanto Marcus Wright (Sam Worthington) condenado à morte em 2003 acorda num cenário pós-apocalíptico e encontra o jovem Kyle Reese (Anton Yelchin) que é o seu ponto de partida para procurar John Connor. Quando estes se encontram finalmente, nenhum dos dois estavam preparados para a revelação que iria acontecer.
Depois de um Terminator 3: Rise of the Machines surge Salvation realizado por McG (Charlie’s Angels) para dar um novo rumo à história iniciada por James Cameron na década de 80. McG consegue trazer-nos um bom filme, melhor que Terminator 3 (alias, era impossível ser pior), mas a verdade é que para verdadeiros fãs de Terminator fica aquém das expectativas. Se por um lado as cenas de acção estão bastantes boas a nível de efeitos e imagem, por outro lado esperava-se um mundo muito mais negro tal como anuciado, principalmente, nos dois primeiros capítulos da saga.
Se encararmos Salvation como um mero blockbuster, ficamos colados ao ecrã dada a acção vertiginosa e os efeitos especiais espectaculares. Agora se encararmos Salvation como um dos filmes mais esperados do ano somos arrasados com um argumento fraco, personagens sem ligação e profundidade inexistente.
O elenco tem como principal atracção Christian Bale e como sempre este não desilude estando a um grande nível e provando a muitas vozes criticas que o papel do mítico John Connor lhe assenta que nem uma luva. Sam Worthington para mim é uma das surpresas do filme. Sendo praticamente um desconhecido para a maioria do público, consegue aqui arrancar um bom desempenho e embora o final da sua personagem seja um pouco feito à pressa, este mostra que é um actor a levar em conta nos próximos tempos. A maior desilusão do elenco vai para Bryce Dallas Howard, não tanto pelo seu mau desempenho mas pelo pouco tempo de antena que tem no filme, tendo em conta que é a quem dá as ordens a seguir a John Connor e a importância que tem em toda a história.
Talvez se tivesse sido escolhido um realizador com mais experiência, neste momento poderia estar aqui a falar de um dos filmes do ano. Mas dado o que desejamos raramente se torna realidade, resta-nos rezar para que McG tenha aprendido a lição e o próximo capitulo desta saga seja algo de mais estrondoso.
"Win or lose, this war ends tonight!"
Nota Final: 7.5/10
- Somewhere
- 127 Hours
- Blue Valentine
- The Dilemma