Ben Garvey (Paul Walker) é um ex-condenado que conseguiu reconstruir a sua vida. Empregado exemplar, bom marido e excelente pai... Tudo corria na perfeição. Até ao dia em que, ao ver descoberto o seu passado, acaba por ser despedido. Desnorteado e com todas as suas perspectivas de futuro deitadas por terra, aceita o convite do seu irmão Ricky (Shawn Hatosy) para participar num último golpe.
Mas ao contrário do que seria de esperar, o golpe corre mal resultando na morte de 3 pessoas, incluindo o irmão de Ben. Assim, em tribunal, é condenado à morte por injecção letal. Mas algo de estranho ocorre após a sua execução...
Ben encontra-se a caminho de uma pacata cidade do estado de Oregon, onde se apresenta para trabalhar num instituto que alberga pessoas com perturbações mentais. Acreditando tratar-se de uma segunda oportunidade, este tudo faz para a merecer, embora não esqueça a mulher, Lisa (Piper Perabo), nem a filha de ambos. Ao tentar sair da cidade, um estranho homem avisa-o de que, caso o faça, morrerá.
Conseguirá Ben voltar para casa, para junto da família que teima em não perder? E as visões que o atormentam, que quererão dizer?
Nesta fita do realizador John Glenn (responsável pelo screenplay de “Eagle Eye”), Paul Walker consegue brindar o espectador com uma boa interpretação. Os seus gestos contidos e maneira comedida são imprescindíveis para a sua personagem conseguir cativar o público com a sua história. Contudo, penso que faltou um pouco mais de emoção aquando das sequências das visões de Ben. O restante elenco encontra-se a bom nível e respondem competentemente.
Quanto à filmografia, o jogo de luzes e planos, e o ritmo lento do filme revelam-se imperativos para que o suspense da fita consiga prender o espectador. O final é complexo q.b., cumprindo a sua função e traduzindo-se num bom climax.
Assim, “The Lazarus Project” revela-se uma fita bem elaborada, com uma interessante premissa e que, embora com algumas falhas no guião, não se deixa cair num potencial aborrecimento que muitos teimam em afirmar estar latente no projecto. Longe disso.
Bom filme!
“You don't have to forget. You just have to move on.”
Nota Final: 7.5 / 10
Nº1 - 1 Ano de Puro Cinema!
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