Documentário realizado por Yann Arthus-Bertrand e com a participação de Luc Besson (director de filmes como “Léon” e “The Fifth Element”) enquanto produtor, “Home – O Mundo é a Nossa Casa” vem estabelecer o ponto de situação em que o nosso planeta se encontra relativamente aos danos que o Homem tem vindo a causar desde à 200 mil anos para cá.
Com imagens imponentes, capazes de tirar o fôlego ao espectador, acompanhadas por um envolvente narrar da “nossa” história a cargo de Glenn Close (na versão inglesa, sendo que a portuguesa não fica de modo algum atrás em termos qualitativos), a fita sofreu uma das maiores campanhas publicitárias para filmes com esta temática.
Sendo disponibilizado em simultâneo em 50 países, e em diferentes plataformas como internet, cinema, televisão e DVD, certo é que este “Home” prima pela magnitude de palavras que definem bem a premissa do filme: levantar questões pertinentes e apresentar erros cometidos, mantendo um tom alarmista, mas nunca fatalista.
Interligando sempre os problemas de que o planeta padece, mostrando diferentes culturas e modos de vida, a fita peca talvez por, a dada altura, os factos apresentados se deixarem cair num monótono formato de simples documentário. Não que tenha nada contra, mas acaba por proporcionar uma fuga à inovação que se pretendia dentro deste produto. Porém, é interessante e suficientemente capaz de prender a atenção do seu público do príncipio ao fim.
Por fim, tenho ainda de referir um ponto que pode funcionar como “faca de dois gumes”. Se por um lado o facto de mostrar tão belas e, diria mesmo, “imaculadas” imagens pode dar a ideia de que a situação não é tão grave como se pensa, por outro, pode estimular um sentido de preservação que desencadeie uma tomada de consciência. O mesmo se aplica aos instantes finais da fita, dedicados a mostrar acções que têm vindo a ser tomadas por alguns países por forma a combater o processo de destruição em que a Terra se encontra.
Mais que um documentário, “Home” é uma mensagem de esperança, um hino ao planeta, e acima de tudo, uma prova de que o equilíbrio é possível e está ao alcance de todos. Pois o presente parcialmente destruído que recebemos como herança pode ainda ser salvo.
Mas não nos enganemos... o tempo já está a contar.
“It’s too late to be a pessimist.”
Nota Final: 8.5 / 10
- Somewhere
- 127 Hours
- Blue Valentine
- The Dilemma