Gray (Heather Graham) e Sam (Tom Cavanagh) são dois irmãos com uma óptima relação. Fazem tudo juntos, o que leva algumas pessoas a pensarem que são, de facto, um casal. Frustrados com tal situação, decidem começar a sair mais, conhecer novas pessoas e procurar a sua cara metade.
Tudo corria bem até ao dia em que ambos se apaixonam... pela mesma mulher. Charlie (Bridget Moynahan) é uma encantadora jovem que acaba, também ela, por se apaixonar por Sam, com quem planeia casar. Mas na noite anterior ao casamento, algo acontece entre Charlie e Gray...
Mais uma comédia romântica com um argumento bastante simples (que se baseia, curiosamente, na vida da irmã de Sue Kramer, a realizadora que tem aqui a sua estreia na sétima arte), mas com a dose certa de devoção por parte dos actores e pormenores deliciosos (como a cena de dança logo no início do filme) que captam uma atenção positiva. Embora deva assumir, deveria ter explorado melhor alguns aspectos do guião.
A participação de Graham foi o que me atraiu para ver este feel good movie. A actriz, que vimos este ano em “The Hangover”, continua igual a si própria, o que resulta num conjunto de bons apontamentos da sua personagem. Moynahan tem uma presença simpática e Cavanagh não convence como protagonista masculino, deixando a maioria dos créditos para Allan Cumming, que aqui interpreta Gordy, um taxista que acaba por se tornar amigo de Gray. Ele, juntamente com Graham, consegue das melhores cenas do filme. Brilhante.
De referir também a banda sonora, com alguns títulos bem conhecidos do público, e que ajuda no ambiente bem disposto que a fita ambiciona.
Gravado inteiramente em Nova Iorque em apenas 21 dias, “Eu, a Minha Irmã e a Mulher dos Nossos Sonhos” está longe de ser somente um filme que aborda a temática da homossexualidade. Todos conhecem a minha posição favorável ao aparecimento de mais comédias a abordarem esse assunto (como que para balancear com os filmes mais sérios sobre a referida temática), e esta película, consegue isso, sendo bastante boa de se ver, mas é mais do que isso. Essencialmente “Gray Matters” é um filme de auto-descoberta e aceitação, que conquista pela sua simplicidade.
Take a look at it.
“Because I'm never going to be able to walk down the street, holding hands with my partner without the rest of the world giving us a look. And may never have the wedding that I once dreamed of and I may never have children. And one day when I die people will never give as much respect to my grieving lover as if she were my husband.”
Nota Final: 7 / 10
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