Im-per-dí-vel. Mark my words on this one.
Inserido no culto dos mestres de terror vivos do MOTELx, este “Re-Animator” de Stuart Gordon é sem dúvida um dos mais conhecidos, populares e aclamados filmes dentro do género do terror.
Gordon apresenta-nos a história de Herbert West (Jeffrey Combs), um brilhante cientista que conseguiu criar em laboratório uma estranha substância capaz de dar vida aos mortos. Após a morte de um professor seu, na Suíça, West vê a oportunidade perfeita para testar a substância. Contudo, a experiência corre mal, e o jovem médico é de seguida transferido para uma faculdade de medicina americana, a Miskatonic University, onde continua os seus estudos.
É lá que conhece Daniel Cain (Bruce Abbott), um promissor médico cujo principal objectivo é salvar vidas. Vendo na substância de West uma hipótese de dar a vida aos seus potenciais pacientes, Dan ajuda-o a ter acesso à morgue do Hospital onde trabalha. Lá são realizadas novas experiências, que correm igualmente mal, e é nessa altura que os seus estudos se vêem expostos e cobiçados por Carl Hill (David Gale), um médico cujo maior desejo é possuir a noiva de Dan, a ingénua Megan (Barbara Crampton).
Conseguirão agora Dan e Herbert evitar que a substância caia nas mãos do vil médico?
Irreverente, inovador, demente e extremamente divertido. Uma masterpiece brilhante a vários níveis, desde o argumento (adaptação livre da obra de H. P. Lovecraft, “Herbert West: Reanimator”), até às interpretações por parte de todos os actores, efeitos especiais (a chegada do Dr. Carl Hill ao escritório, com a sua cabeça a ser transportada pelo seu próprio corpo decepado, por exemplo, está brilhantemente conseguida), montagem, técnicas de filmagem. Nada é deixado ao acaso nesta longa metragem que garantiu uma das melhores audiências na 3ª edição do Festival Internacional de Cinema de Terror.
Filme trash por excelência, ou típicamente série B, se preferirem, “Re-Animator” prima pela apresentação de cenas totalmente explícitas e corrosivas, de um refinado humor negro e de inteligentes diálogos, provando que o terror é também uma categoria digna dos melhores clássicos.
Desta forma, caro leitor, não se pode considerar verdadeiramente fã do género se nunca visualizou esta película, portanto, apresse-se a fazê-lo!
“Who's going to believe a talking head? Get a job in a sideshow.”
Nota Final: 9 / 10
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