Há 10 anos atrás, a cidade de Harmony ficou marcada por um terrível acidente. Um grupo de mineiros ficou soterrado por culpa de um acto irreflectido de Tom Hanniger, um ainda inexperiente mineiro e filho do dono das minas Hanniger. Desse grupo, só Harry Warden sobreviveu, entrando porém num coma do qual só veio a despertar um ano depois, no dia 14 de Fevereiro.
Assim, sedento de vingança, o mineiro assassina 22 pessoas, entre os quais, um grupo de jovens que celebrava o dia de São Valentim. Nessa mesma noite, Harry reencontra Tom, mas é abatido pela polícia antes de conseguir matar o jovem. Agora, Tom está de regresso a uma cidade marcada pela tragédia, e cujos habitantes nada mais nutrem por ele que desconfiança e rancôr...
Eis a história da minha primeira experiência 3D no cinema. Boa companhia, pipocas e um filme... deprimente. Pois, não correu lá muito bem para primeira vez. “São Valentim Sangrento” apresenta-se como um remake do filme homónimo de 1981, e nada mais é que o típico filme slasher sem conteúdo. Uma premissa gasta à partida, nada inovadora, carregada de clichês, previsível e, guess what, extremamente aborrecida.
Vale talvez por algumas tiradas de humor negro, e por um ou outro efeito 3D bem conseguido. Embora, confesse, sejam bastante repetitivos. O instrumento de susto pouco varia, estando o espectador condenado a ser “atacado” constantemente pela picareta do assassino.
A única cena digna de relevo (e desculpem-me as mentes mais sensíveis), será mesmo a do hotel. Sim... há nudez gratuita. Mas é isso que destaca a cena das demais. É a única inovação da qual o realizador Patrick Lussier se pode gabar (e com um bom desempenho por parte da actriz Betsy Rue, apesar das condicionantes naturais neste tipo de cena).
Porque à parte disso, só há mesmo a retirar péssimas interpretações de um elenco jovem maioritariamente televisivo (“Supernatural” e “Dawnson's Creek” que, obviamente, não garantem bons actores cinematográficos), diálogos banais e monótonos, cenas sem nexo e uma fraca ambição (bastante notória na recta final do filme, que pouco mais é que risível). Tudo bem que estamos a falar de uma película claramente destinada ao entretenimento, mas não é razão para o profundo desleixe que se sente na fita.
Dispensável, a não ser que vá assistir ao filme livre de quaisquer expectativas.
“Damn Harry Warden. Got me aiming at shadows.”
Nota Final: 4 / 10
- Somewhere
- 127 Hours
- Blue Valentine
- The Dilemma