Quando comecei a ver este filme não sabia o que me esperava. Tinha mais ou menos noção do tema central da história mas nem sonhava os sentimentos que iria ter quando sai do cinema.
Estamos em plena Segunda Guerra Mundial. Em Berlim nada se parece passar, e Bruno (Asa Butterfield) vive clamorosamente a sua infância. Tudo muda quando o seu pai, um oficial do exército alemão, é promovido e toda a família muda-se para Auschwitz. Bruno durante muito tempo fica a sentir-se sozinho e sonha explorar a parte de trás da casa, desejo que é expressamente proibido pela mãe. Quando a mãe descobre que a nova casa é por trás de um campo de concentração revolta-se contra o marido, cuja promoção estava directamente relacionada com este campo, pois foi designado para o dirigir. Bruno cansado de não fazer nada consegue um dia explorar a trás da casa e todo o espaço circundante até que vai ter ao que ele julga ser uma quinta. Lá encontra, por trás do arame farpado, um rapaz judeu chamado Shmuel (Jack Scanlon). Estes desenvolvem uma amizade fantástica que floresce ao longo dos encontros que têm naquele lugar.
Baseado na obra de John Boyne com o mesmo nome desta fita, The Boy In The Striped Pajamas mostra-nos (e bem) aquela época de horrores sobre o olhar de uma criança. A representação fantástica de Butterfield dá um brilho especial a este filme realizado por Mark Herman. Este é um filme dramático, mas ao mesmo tempo carinhoso, pois a amizade entre uma criança alemã e uma criança judia era algo (naquela altura) considerado absolutamente catastrófico.
De realçar ainda o final, que nos deixa revoltados e perplexos com tudo o que o ser humano foi capaz de fazer num dos pontos mais críticos da sua história.
“Childhood is measured out by sounds and smells and sights, before the dark hour of reason grows.”
Nota final: 8/10
- Somewhere
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