Hoje decidi-me por uma abordagem diferente. Fazer a crítica enquanto vejo o filme.
Pois bem, esta é já a terceira vez que assisto a “Ghost Rider” e, como tal, a minha opinião está formada à bastante tempo. Pode-se dizer que o filme, é fraco. Realmente fraco.
Sim, temos as curvas de Eva Mendes para os espectadores mais atentos às beldades cinematográficas, e temos um dos personagens mais cool da Marvel (basta olhar para o poster). Mas isso, nos dias que correm, não chega, embora a facturação do filme tenha sido bastante positiva.
Mark Steven Johnson, o realizador de “Daredevil” e “Elektra”, apresenta-nos a história de Johnny Blaze (Matt Long), um jovem que realiza, juntamente com o pai, espectáculos de acrobacias com motos. Um dia, ao descobrir que o pai sofre de cancro, Johnny é tentado a realizar um pacto com o Diabo (Peter Fonda): ceder-lhe a sua alma, em troca da cura do pai.
O jovem acaba por assinar o pacto, mas logo é traído, assistindo à morte do progenitor. Desorientado, abandona tudo, incluindo a namorada Roxanne (Raquel Alessi).
10 anos depois, Johnny (agora interpretado por Nicolas Cage) é famoso pelas suas acrobacias, levando multidões ao delírio. Tudo parecia correr pelo melhor, não fosse um antigo “amigo” vir cobrar a sua parte do acordo. Mephistopheles, o Diabo, voltou para requisitar os serviços daquele que se vai tornar no novo Ghost Rider.
Cabe-lhe agora procurar o contrato de San Venganza, um contrato que possui 1000 almas demoníacas. Mas Mephistopheles não é o único a cobiçar o documento... Também o seu filho, Blackheart (Wes Bentley), pretende deitar-lhe a mão...
Estamos perante mais uma má escolha de Nicolas Cage, o que ultimamente tem sido bastante comum na carreira do actor. Com um argumento fraco, interpretações forçadas, diálogos medonhos (“My name is Legion. For we are many!”... Digam-me... o que é isto?...) e efeitos especiais que não são nada por aí além (porque é que sempre que ocorre a transformação parece que estamos perante um indivíduo sem pescoço?? E que proporções são aquelas?? Tenho de me lembrar de não fazer críticas enquanto assisto aos filmes... Assim sempre me vou esquecendo de alguns pormenores...), estamos perante o típico filme de super heróis que deixa muito a desejar. Meu querido “Batman” de Christopher Nolan...
O filme entretém, isso não se pode negar, mas apresenta momentos realmente maus, atingindo um expoente máximo de nulidade na sua recta final. Os vilões de tão ridículos que são, simplesmente não convencem. É mais uma boa história da banda desenhada que se perde com constantes recorrências a clichés e facilidades características deste realizador. Bom para ver numa tarde chuvosa, ou como é o presente caso, numa noite de rescaldo da passagem de ano. Quem aproveitou a passagem certamente não ligará muito à banalidade latente da fita.
“It's said that the West was built on legends. And that legends are a way of understanding things greater than ourselves. Forces that shape our lives, events that defy explanation. Individuals whose lives soar to the heavens or fall to the earth. This is how legends are born.”
Nota Final: 4 / 10
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