Sábado. 10h30 da manhã. Numa ante-estreia proporcionada pela melhor das companhias, recheada de miúdos e graúdos, assisti em primeira mão ao novo filme da Sony Pictures Animation, “Cloudy With a Chance of Meatballs”, baseado no livro homónimo de Judi e Ron Barrett.
Tentando vingar numa indústria dominada pela Disney, Pixar e Dreamworks, a Sony apresenta-nos a história de Flint Lockwood, um garoto de enorme imaginação e cujo maior sonho é ser um grande cientista.
Desde cedo percebe porém que terá de batalhar muito para conseguir ser respeitado enquanto inventor, até ao dia em que cria uma máquina capaz de transformar água em comida! Após algumas peripécias que projectam a máquina para as nuvens, começam a chover... hambúrgueres!
Mas aguardem pelas almôndegas e não só... o menú revela-se vastíssimo, mas daí advêm algumas consequências desastrosas... Conseguirá Flint, com a ajuda da simpática jornalista estagiária Sam Sparks, salvar a sua cidade da melhor das suas invenções?
Analisando primeiramente a parte técnica, isto é, a recorrência ao 3D, devo dizer que esta não se revela de todo imprescindível. Embora o 3D tenha virado moda, o certo é que nem todos os filmes justificam a sua utilização, e este não é excepção. Sim, as cenas de maior profundidade foram elaboradas de maneira competente, mas certamente que a visualização em 2D não comprometeria (se bem que, entenda-se, o 3D funciona quase que uma manobra de marketing para um filme que não tem garantida, pelo menos à partida, uma boa adesão por parte do público).
No que às personagens diz respeito, de todos os que os realizadores Phil Lord e Chris Miller nos apresentam, desenvolvi uma simpatia especial pelo pai de Flint (deve ser das sobrancelhas!) e pelo polícia Earl. Ambos promovem diversos (e bons!) momentos de comédia ao longo da fita. Lembro-me da cena em que o pai de Flint tenta enviar um e-mail ao filho... É rir a bom rir! De frisar ainda o humor sarcástico que “apimenta” a película, tornando-a mais apetecível para os espectadores mais velhos.
A caracterização está bastante boa e a ideia revela-se original, permitindo um colorido espectro de acção. É uma película visualmente bonita, com um bom ritmo narrativo e que transmite uma importante lição sobre lutarmos pelos nossos sonhos, aceitarmos as nossas diferenças e sermos responsáveis pelas nossas decisões.
“Chovem Almôndegas” será certamente uma experiência deliciosa que toda a família vai apreciar!
“Come on, Steve. We’ve got a diem to carpe!”
Nota Final: 7.5 / 10
- Somewhere
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