Há 5 anos que Catherine (Gwyneth Paltrow) se vê sozinha a cuidar do pai, Robert (Anthony Hopkins), um conhecido matemático cuja genialidade se viu afectada por uma súbita instabilidade emocional que o leva, inclusivamente, a abandonar os seus trabalhos.
E se até ao momento a vida de Catherine não foi fácil, agora, com a morte do progenitor, dias complicados se avizinham, e a jovem terá de lidar com a sua própria instabilidade, com os sentimentos que está a desenvolver por Hal (Jake Gyllenhaal), um antigo aluno do pai, e ainda com preocupação, e diferentes ideais, da irmã mais velha, Claire (Hope Davis).
Esta é a história de “Proof”, realizado por John Madden, o responsável pelo oscarizado “Shakespeare in Love”, e que, embora não seja um filme surpreendente nem inovador, prima pela consistência da história e fortes personagens. O facto de se basear numa peça vencedora do Pulitzer (e também ela estrelada por Gwyneth Paltrow) abrilhanta substancialmente os diálogos, numa fita que pode ser bastanta “claustrofóbica” no que à acção diz respeito (a maioria das cenas ocorrem na casa em que Catherine viveu com o pai).
Em termos técnicos, a fita é competente, apresentando uma fotografia apelativa e bons segmentos da narrativa. Contudo, o espectador deve ficar desde já avisado de que, na recta final do filme, deverá visualizar o mesmo com redobrada atenção, pois a mistura da acção corrente com os flashbacks da protagonista não estão inteiramente bem identificados ou explicítos. Ainda que o interesse que desperta seja suficiente para prender a atenção.
“Entre o Génio e a Loucura” conta ainda com excelentes desempenhos por parte de Paltrow e Hopkins, e ainda com um carismático Gyllenhaal, que prova uma vez mais porque é das melhores apostas dentro da recente vaga de actores. De mencionar ainda o interesse e curiosidade que o filme pode conseguir despertar pela matemática, tal a tenacidade com que é abordada.
Assim, se pretende assistir a uma película simples mas que dá cartas nos diálogos, então este “Proof” poderá ser uma boa opção.
“It was like... connecting the dots.”
Nota Final: 7.5 / 10
- Somewhere
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