Sexta-feira, 9 de Abril de 2010

Sexta a 3 - Green Zone (2010)

 

Ano de 2003. Cidade de Bagdad, no Iraque. As tropas americanas invadiram o país e conseguiram pôr termo ao governo de Saddam Hussein. Agora, cabe aos homens no terreno encontrar a localização das armas de destruição em massa que ameaçaram o mundo. O Sargento Roy Miller é um dos soldados americanos no Iraque, cuja missão é encontrar essas mesmas armas. Mas a verdade, só agora vem ao de cima. Miller vê-se perante um esquema bem montado pelas mais altas patentes do Governo americano, que assim utilizaram as ADM como desculpa para a ocupação do país.

 

Agora, perseguido pelo Pentágono, conseguirá o soldado repôr a verdade, contrariando assim a farsa que justificou a invasão do Iraque pelas tropas norte-americanas?

 

Diogo: em actualização...

 

Hugo: em actualização...

 

Mafalda: Nova parceria, novo projecto ganho. Muito resumidamente, é assim "Green Zone", realizado por Paul Greengrass e protagonizado por Matt Damon, a dupla dos brilhantes "Bourne Supremacy" e "Bourne Ultimatum". O jogo de corrupção que se faz sentir na fita é latente e cativa a atenção do espectador, muito por se tratar de uma suspeita legítima sobre a verdadeira razão que levou o governo americano a ocupar o país de Saddam. O foco sobre uma tão recente polémica suscita curiosidade, e as interpretações de Damon e Greg Kinnear conferem uma ainda maior consistência ao guião (mas não pela profundidade dos seus personagens, dado que o filme é mais de situação que propriamente de estudo de carácteres). O modo de captação de imagem camera on hand é também característico (o espectador poderá reconhecer esta técnica dos já referidos filmes Bourne) e mostra-se adequado ao cenário de guerra (bastante realista diga-se). De mencionar por fim a prestação de Khalid Abdalla cuja personagem consegue impregnar na fita a visão do lado iraquiano, numa performance bem conseguida e crucial para o desenrolar da acção. Eis então uma boa aposta para adeptos de thrillers com cariz político com um toque considerável de acção.

 

Nota Final: 7.5 / 10

 

 

 


Por Mafalda às 18:38
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Sexta-feira, 2 de Abril de 2010

Sexta a 3 - Law Abiding Citizen (2009)

 

Clyde Shelton (Gerard Butler) era um bom pai de família e cidadão exemplar... até ao dia em que a sua casa é assaltada e ele assiste, impotente, ao assassinato da sua mulher e da sua filha por dois criminosos, Darby (Christian Stolte) e Ames (Josh Stewart). Após investigações, mas com provas inconclusivas, Nick Rice (Jamie Foxx), o provedor responsável pelo caso, vê como única solução fazer um acordo com um dos criminosos: se Darby aceitar testemunhar contra o colega, terá uma diminuição da sua pena. E é assim que, para não perder o caso, Nick consegue a condenação à morte de um deles, e apenas 3 anos de clausura para o outro (que, curiosamente, foi o executante das mortes).

 

O que não se esperaria era que, 10 anos depois de o caso ter sido arquivado, voltassem a haver desenvolvimentos. E que desenvolvimentos... O criminoso setenciado a apenas 3 anos é encontrado morto, e Shelton assume a culpa. Já preso, o homem que tudo perdeu avisa Nick: ou o erro judicial de à 10 anos é corrigido, ou todos os envolvidos com o caso morrerão.

 

Mas como conseguirá um homem já preso continuar uma onda de crimes?

 

Diogo: Uma passível e compreensível vingança de um homem de família que viu a sua esposa e filha serem assassinadas sem qualquer tipo de compreensão, transformou-se então num argumento com contornos... explosivos. Todo o desenrolar do filme revela-se bastante interessante, numa mistura de puzzles inteligentes, jogos legais e acção que aumenta exponencialmente com o aproximar do fim da fita. Este, entenda-se – o aproximar do fim da fita, foi algo que me deixou desmotivado. Sem usar qualquer tipo de 'spoiler', digo que esperava uma continuidade inteligente da história e não uma acção 'bruta'... Apontando isto e espectando ou não que todos os carros expludam, que e como quem diz, tendo partes mais previsíveis ou não, a verdade é que este "Um Cidadão Exemplar" acaba por ser uma boa escolha para um qualquer fim-de-semana.

 

Nota final: 7.5 / 10

 

Hugo: Podemos dizer que Law Abiding Citizen é uma boa surpresa. Realizado por F. Gary Gray (The Italian Job) e escrito por Kurt Wimmer (escritor do grande Equilibrium), Law Abiding Citizen tem uma história bastante inteligente em que o espectador é levado a pensar sobre o que está (ou quem está) errado e o que está certo. Porém, o final da história, é algo desanimador, pois após um desenrolar de todo o enredo com bons twists, o final surge com algo fácil e rápido de assimilar mas que não se enquadra no resto do filme. No entanto, somos presenteados com uma grande performance de Gerard Butler. Já Jamie Foxx, tem um desempenho simplesmente medíocre. Não sendo um grande filme, é sem dúvida uma boa escolha para passar uma tarde agradável na sala de cinema.

 

Nota Final: 7 / 10

 

Mafalda: presa do primeiro ao... último minuto? Não, nem por isso. Assim descrevo a minha situação aquando do visionamento de "Um Cidadão Exemplar", realizado por F. Gary Gray e com argumento a cargo de Kurt Wimmer (responsável pelo argumento de "Equilibrium"). Um guião inteligente e com uma boa premissa que, embora apresente uma ou outra falha no que a credibilidade diz respeito, permite assumir este projecto como um competente thriller, que mexe com a nossa noção do certo e do errado. Porém, o ponto negativo chega na recta final. Não com a derradeira cena, entenda-se, mas sim com o que a ela levou. Uma investigação rápida demais, com uma execução simplista e que contraria o ritmo imposto previamente pela fita. Merecia algo mais... rebuscado. Porque a essência do filme parece perder-se, e é isso que o impede de ir "mais além". Contudo, será aconselhável a quem quiser apreciar rasgos da genialidade de "Seven", ainda que numa dose bastante mais inferior. De mencionar também a boa interpretação de Gerard Butler, e da imposição do filme em não ser encarado como uma lição de moral, mas sim como uma exposição das fragilidades do sistema de justiça, e essencialmente, livre de tomada de partidos.

 

Nota Final: 7 / 10

 

 

 


Por Mafalda às 23:26
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Sexta-feira, 26 de Março de 2010

Sexta a 3 - Everybody's Fine (2009)

 

Com o realizador Kirk Jones chega uma nova versão do filme italiano, de 1990, "Stanno tutti bene" de Giuseppe Tornatore, no formato de comédia dramática, que nos conta a história de Frank Goode (Robert DeNiro), um viúvo que vive para os filhos e para todos os momentos que passa com estes.

 

E um desses momentos está para breve. É Verão, e todos eles estarão reunidos na casa do pai. Mas, curiosamente, este ano, todos desmarcaram o encontro. Agora, Frank percorrerá os quilómetros que os separam, por Nova Iorque, Denver, Chicago e Las Vegas, e descobre que as vidas dos seus filhos não são exactamente como eles lhe diziam. Mas há algo mais, um segredo que 3 deles tentaram ocultar...

 

Diogo: em actualização...

 

Hugo: Existem poucas palavras que podem descrever este filme. Pode não ser um filme para massas mas com certeza irá atingir os sentimentos de cada pessoa de maneira diferente. Este é sem duvida um dos melhores desempenhos de Robert De Niro nos últimos anos e isso reflecte-se no ecrã de maneira bem positiva. Kirk Jones escreve e realiza esta fita de forma inteligente e ao mesmo tempo com uma simplicidade que nos faz ficar agarrados ao ecrã à espera da próxima viagem de Frank ou até mesmo ansiosos por perceber as mentiras que os filhos lhe estão a impingir. Por falar em filhos, é de realçar também os desempenhos bastante agradáveis de Kate Beckinsale, Drew Barrymore e Sam Rockwell. Para acabar, gostaria de avisar para não se deixarem enganar pelo trailer pois faz transparecer que Everybody's Fine é, praticamente, uma comédia. Este é um dos dramas imperdíveis do ano e espero que tenha o sucesso que merece.

 

Nota Final: 8 / 10

 

Mafalda: bem que o Hugo me avisou! O trailer para este "Estão Todos Bem" consegue ser bastante enganador. Pensando que me ia deparar com uma comédia, acabo a chorar na sala de cinema! Eis pois um road trip movie que mexe com relações familiares com que muitos de nós se podem identificar. Técnicamente falando, é na simplicidade que muitas vezes se ganham apostas, e esta película não é excepção. Contando com um show de representação de DeNiro, e agradáveis performances de Sam Rockwell, Kate Beckinsale e Drew Barrymore, estamos perante um projecto que prima por pequenos pormenores amplamente compensadores para o espectador. Desde as cenas representativas das conversas telefónicas, que ocorrem sem a presença física dos intervenientes, mas sim com a representação dos cabos telefónicos, que foram revestidos por Frank (era esse o seu trabalho antes da reforma), até ao facto de Frank conseguir pelas suas memórias, visualizar os filhos na transição de crianças para os adultos que são hoje em dia, vê-se um cuidado em conseguir interligar competentemente pessoas e situações. Porque é desses pormenores que se faz a diferença entre um bom e um mau filme. E a recta final, é também prova disso mesmo. Simplesmente excelente e imperdoável não assistirem!!

 

Nota Final: 8 / 10

 

 

 


Sexta-feira, 19 de Março de 2010

Sexta a 3 - Edge of Darkness (2010)

 

 

Remake homónimo da série televisiva dos anos 80, “Edge of Darkness” traz-nos Mel Gibson, depois de 7 anos longe das performances enquanto actor, no papel de Thomas Craven, um solitário detective da polícia de Boston que vive exclusivamente para a filha, Emma (Bojama Novakovic). Porém, a sua vida está prestes a mudar... Uma noite, quando Thomas e Emma se preparavam para sair de casa, esta é assassinada a sangue frio.

 

Thomas dará então início a uma investigação por conta própria, partindo do princípio que o alvo naquela noite fatídica era ele e não a filha. Mas... e se Emma fosse realmente o alvo a abater? Por entre esquemas e conspirações conseguirá o detective o desfecho que o conseguirá deixar em paz consigo próprio, vingando a morte da filha?

 

Diogo: Um falhanço total este regresso de Mel Gibson às salas de cinema, que se vê suportado (ou abandonado) num argumento algo desligado e com um final pavoroso para o que este se revelava ser até então. Fraco e inconsequente.

 

Nota Final: 3.5 / 10

 

Hugo: É este o grande filme que equiparavam a Taken? Só me apetece dizer "Ganhem juízo!". Edge of Darkness é um filme ridiculamente mal realizado, com poucas cenas de acção e, praticamente, sem um fio condutor da história. Mel Gibson poderia ter sido a salvação do filme, mas vê-se engolido por uma série de desastres de realização. Gostaria de dizer mais sobre a fita, mas faltam-me palavras para tentar assinalar algo de bom. Dá-me pena ver o realizador de Casino Royale cair em desgraça, mas a verdade é que os espectadores mereciam bem melhor.

 

Nota Final: 5 / 10

 

Mafalda: O que dizer de um filme que prometia, mas só consegue desiludir cena após cena? A história como a contei hoje durante um almoço de colegas até faria antever algo de bom, mas no formato cinematográfico não passa da mera banalidade e, por vezes, mau gosto. É incrível verificar como o realizador Martin Campbell (também ele responsável pela série em que o filme se baseia) nos consegue surpreender com o excelente “Casino Royale”, e depois se perde por completo neste "Fora de Controlo" que nada mais foi que perda tempo. Óptimo para adormecer (não conseguem imaginar a dificuldade que tive em me concentrar para ver a fita até ao fim!), vale únicamente pela ideia (já que a execução, essa, falha em todos os pontos, desde planos de acção, até guião e interpretações, já para não falar de alguns exageros de acção perfeitamente dispensáveis). Decepcionante.

 

Nota Final: 4 / 10

 

 

 


Sábado, 13 de Março de 2010

Sexta a 3- The Lovely Bones (2009)

 

 

Estamos em Dezembro de 1973. Susie Salmon, uma menina de 14 anos que vivia no auge da curiosidade natural da sua idade, é assassinada pelo seu vizinho de uma forma meticulosa e brutal. Atraída por este quando regressava da escola para um anexo subterrâneo situado num milheiral, a vida da família deste ‘pequeno peixe’ não voltou mais a ser a mesma.

 

O choque natural de tão devastadora situação vai ao longo do tempo transforma-se numa obsessão, principalmente para o seu pai que busca vingança e justiça. Este vai então conduzir algumas investigações privadas na tentativa de descobrir tão cruel homem que terá sido capaz de fazer mal à sua querida filha.

 

A verdade é que a vida acabou cedo de mais para Susie, que agora se encontra num limbo celestial a observar e narrar todos os desenvolvimentos do filme. Com tanto que ainda ficou para fazer, será que esta vai conseguir seguir em frente?

 

 

Diogo: O poder dos sonhos de uma adolescente, desfeitos abruptamente e de forma ‘violenta’, testados aqui neste filme de Peter Jackson. ‘Visto do Céu’ apresenta no seu argumento algumas características que poderiam fazer deste um filme inquietante ou até mesmo chocante… Mas a verdade é que este acaba por ser um filme bonito, na essência da sua palavra. Visualmente, as atmosferas imaginárias de um mundo entre terra e o paraíso, revelam-se fulcrais na mensagem do filme. Para este conteúdo também contribui de forma decisiva o pensamento singular da jovem Susie Salmon, interpretada por Saoirse Ronan. De forma igualmente decisiva, encontramos o nomeado ao Óscar de Melhor Actor Secundário Stanley Tucci por este mesmo filme. Na pele de um assassino, consegue quebrar a monotonia de algumas sequências de cenas e intrigar o espectador, naquele que é então sem dúvida mais um ponto de interesse deste ‘The Lovely Bones’.

 

Nota final: 8/10

 

 

Hugo: Peter Jackson traz-nos The Lovely Bones, um filme que em termos de qualidade está uns furos abaixo em relação ao que nos tem habituado. Embora tenha um argumento convincente, o desenrolar da história é algo inconstante o que faz com alguns momentos sejam demasiado depressivos e de repente a acção passa-se demasiado depressa. Uma nota positiva para as cenas espectaculares que o CGI empregado em grande parte do filme nos proporciona. Tal como o enredo do filme, o elenco também tem altos e baixos: Mark Wahlberg tem uma performance mediana e Rachel Weisz é praticamente uma nulidade, enquanto que Saoirse Ronan tem um desempenho fantástico para a sua idade e Stanley Tucci tem uma nomeação para o Óscar de Melhor Actor Secundário totalmente merecida. The Lovely Bones acaba por ser uma decepção pois graças a incoerências na realização não consegue captar toda a atenção do espectador.

 

Nota Final: 6,5 / 10

 

 

Mafalda: "Visto do Ceú" apresenta-se com uma temática complicada de captar em essência, mas que acabou por abordar competentemente valendo-se de belíssimos planos CGI (as representações do limbo celestial são soberbas). Porém, há algo que salta à vista do espectador: a disparidade qualitativa de algumas interpretações. Se por um lado temos um desinspirado Mark Wahlberg, por outro temos o merecidamente nomeado ao Óscar, Stanley Tucci, o inquietante assassino de Susie. Uma prestação imperdível. Apelativas revelaram-se também algumas das sequências entre o real e o celestial, na casa da jovem, em que há como que uma sobreposição de planos muito bem conseguida. De mencionar ainda a tensão crescente, e muito bem vinda diga-se, para um final que achei... ridículo. Não pelo final em si, que achei adequado à história, mas pela maneira como foi filmado e apresentado ao público. Houve um claro exagero. Assim, com uma ou outra incoerência e transições de cena algo pobres (passar de um momento dramático para outro de comédia de maneira tão repentina pode cair mal a alguns espectadors), "The Lovely Bones" acaba por ser uma proposta interessante, muito pela mensagem que transmite.

 

Nota Final: 7 / 10

 

 


Por Diogo às 00:56
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Sexta-feira, 5 de Março de 2010

Sexta a 3 - It's Complicated (2009)

 

Meryl  Streep, Alec Baldwin e Steve Martin integram um elenco prometedor numa comédia romântica realizada por Nancy Meyers. Os dois primeiros, casados durante dezanove anos, estão agora divorciados há dez naquela que foi uma desgastante separação para Jane, entretanto ultrapassada. Tudo aconteceu quando Jake se envolveu com uma mulher vinte anos mais nova…

 

O que seria então impensável e desprezível na cabeça de Jane, acontece. Ela torna-se amante de um homem casado, mas ainda mais surpreendente é o facto de este ser o seu próprio ex-marido. Assim, os problemas que assombraram aquele casal desapareceram depois de uma década volvida. A emoção e atraccão voltaram mais fortes que nunca, naquela que poderá ser a solução para todos os casais segundo Jake.

 

Mas ao mesmo tempo que este re-aproximamento se dá, uma terceira pessoa surge no meio destes. Adam, interpretado por Steve Martin, é um arquitecto que começa a revelar  ter sentimentos por Jane. As peripécias vão então acontecer há medida que estas relações se vão desenrolado, sempre sobre o olhar dos filhos do ex-casal.

 

 

Diogo: Os 120 minutos de filme actuaram em mim, qual sonífero, causando um efeito entediante. A temática romântica desenvolvida a três pelos actores principais acaba por se desenrolar numa toada bastante morna, só mesmo ultrapassada pelo espírito ‘cómico’ inserido neste ‘It’s Complicated’... Factos estes que derivam de um argumento com um potencial original mas que, pela sua extensibilidade acaba por transformar todas as acções em banalidades e não em pontos fortes do filme. De referir que o público-alvo deste filme, é um público manifestamente de ‘adulto já feitos’.

 

Nota Final: 5.5/10

 

 

Hugo: A conhecida Nancy Meyers traz-nos mais uma comédia romântica semelhante ao que já nos tinha habituado. It's Complicated tem uma história (se me permitem o trocadilho) complicada mas pode parecer em certos pontos previsível (tal como 99% dos filmes do género). O ponto técnico que se destaca mais é sem dúvida a fotografia ao sermos presenteados com bons pormenores e um excelente aproveitamento das paisagens. O principal trio (Meryl Streep, Alec Baldwin, e Steve Martin) tem uma performance bastante boa e demonstram um grande à vontade no grande ecrã. De destacar também John Krasinski que protagoniza os momentos mais hilariantes do filme. It's Complicated pode não ser brilhante, mas é mais que competente na tarefa de entreter o espectador.

 

Nota Final: 7,5 / 10

 

 

Mafalda: Francamente, como não esperar o melhor de um filme com Meryl Streep como protagonista? Bem, talvez a resposta possa ser dada com este “Amar... É Complicado”. Uma “dramédia” romântica, que prima por nos oferecer mais do mesmo durante quase 2 horas. Não despertou grandes emoções, sendo demasiado simples, e com um guião que nos deixa com um sabor a pouco no final. Ficamos com a ideia que é só mais uma fita, igual a tantas outras, para ocupar tempo. Banal, e nada inovadora, é a típica película de domingo à tarde, mas competente q.b. a nível interpretativo e com uma ou outra cena mais engraçada, mas nada de mais. A nota dada deve-se a Meryl. And that's it.

 

Nota Final: 5 / 10

 


Sexta-feira, 26 de Fevereiro de 2010

Sexta a 3 - The Messenger (2009)

 

 

Will Montgomery (Ben Foster) é um sargento do exército norte-americano a 3 meses de terminar o seu período de alistamento. Herói de guerra, tem ainda uma derradeira missão... O jovem sargento deve integrar, sob a alçada do capitão Tony Stone (Woody Harrelson), uma unidade cuja função consiste em notificar os familiares dos soldados mortos na guerra no Iraque.

 

Sob uma série de comportamentos previamente estipulados (os soldados que notificam a morte de outro soldado não devem, por exemplo, promover qualquer contacto físico com os familiares a quem é dada a triste notícia), este seria certamente o último trabalho que Will se veria a desempenhar, mas a amizade que se desenvolve entre ele e o capitão, bem como as intensas situações a que esta nova posição o sujeita, vão mudar a sua maneira de encarar as pessoas, e as batalhas travadas à porta daqueles que perderam o que tinham de mais importante na sua vida: um ente querido.

 

Oren Moverman é assim o responsável por esta história que se encontra nomeada nas categorias de Melhor Actor Secundário, para Woody Harrelson (que também contou com uma nomeação para os Golden Globe deste ano na mesma categoria), e Melhor Argumento Original, nos Óscares 2010.

 

 

Diogo: Seguindo uma linha bastante linear, a mensagem que este ‘Mensageiro’ nos trás fica quiçá pelo intuito, não chegando a ser ‘entregue’. Não se trata de um filme apaixonante ou de emoções fortes. A sequência de cenas, apesar das excelentes interpretações, acabam por ser monótonas e envoltas em máscaras (demasiado grandes, talvez) que têm como objectivo ocultar os problemas obscuros das duas personagens principais. Estas acabam então por ser a muleta um do outro, num filme onde a sua finalidade, o seu propósito, acaba por estar muito bem disfarçado…

 

Nota Final: 6/10

 

 

HugoThe Messenger não é decerto um filme para todo o tipo de público. O estreante Oren Moverman dirige um guião que está longe de ser perfeito, mas graças às excelentes interpretações de Ben Foster e Woody Harrelson os altos e baixos que assistimos na qualidade da história acabam por ser quase insignificantes. Em relação aos aspectos técnicos também assistimos a algumas imperfeições principalmente na filmagem de algumas das cenas. A verdade é que The Messenger me fascinou pois aborda um assunto que por vezes não vemos ou apenas somos demasiado egoístas para o ver.

 

Nota Final: 8 / 10

 

 

Mafalda: “O Mensageiro” não é, de todo, um filme fácil. O seu nível de expressividade técnica é competente, mas o que mais se destaca na fita é a qualidade interpretativa, e o tema pouco explorado dentro deste género. As abordagens dos personagens estão credíveis e os diálogos irrepreensiveis, embora seja notória uma clara monotonia no desenrolar da acção. Monotonia essa que se faz sentir mais a partir do momento em que é introduzida a personagen de Samantha Morton. Não por culpa da actriz, mas sim do guião, que me desapontou um pouco na sua algo forçada recta final. Ainda assim, "The Messenger" vale pela iniciativa e sobriedade com que segue uma perspectiva diferente daquela a que estamos habituados em filmes de guerra. Humano, realista e interessante.

 

Nota Final: 7 / 10

 

 

 


Por Mafalda às 21:24
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Sexta-feira, 19 de Fevereiro de 2010

Sexta a 3 - The Wolfman (2010)

 

 

Em 1941 nasce aquele que se viria a tornar um clássico ao longo dos anos. ‘The Wolf Man’, ‘O Lobisomem’, caracteriza aquele que no expoente de uma noite de lua cheia, se transforma numa terrível besta com instintos violentos e sangrentos. Agora em 2010, surge o remake deste que conta com as participações de Anthony Hopkins (Sir John Talbot) e Benicio Del Toro (Lawrence Talbot) nos papéis principais.
 
A história de ‘The Wolfman’ passa-se então em Inglaterra durante o século XIX, onde um súbito ataque (de uma pessoa? De um animal?) acaba por ferir mortalmente o irmão de Lawrence. Esta situação motiva o seu regresso a casa, onde à sua espera se encontram o seu pai John e a sua cunhada Gwen.
 
A forma brutal e misteriosa de tal trágico incidente, ‘obriga-o’ a investigar por sua conta e risco as origens de tal acontecimento. A verdade acaba então por se apoderar literalmente deste quando, numa outra noite de lua cheia, acaba por ser mordido por aquele que viria a ser conhecido por lobisomem. Mas para além das consequências óbvias que advêm deste ataque, Lawrence vai ser confrontado com a morte da sua mãe ainda em criança, e pelo lado oculto do seu pai... A caça ao lobisomem começou.
 
 
Diogo: Num ambiente tenso, onde na época ainda existia a caça às 'bruxas' (ou neste caso, aos lobisomens), se desenrola este filme que poderia ter mais a dar. Durante os 102 minutos da película encontramos dos mais variados clichés: desde a criança perdida da sua mãe aquando o ataque do lobisomem, salva no último segundo! por aquele que viria a tornar-se um deles, até ao desenrolar de uma paixão que acaba por morrer nos braços de Gwen... Está tudo lá. Mas também estão lá as cenas de acção e terror (muito discutível...) que acabam por ser a essência deste filme. Conjugado com a boa escolha de actores e com o já referido ambiente, The Wolfman vale por isso e passa com distinção, apesar de não ser um filme imperdível.
 
Nota Final: 7.5/10
 
 
Hugo: Numa actualidade que se vê dominada por vampiros, Joe Johnston tráz-nos outra criatura mítica do imaginário humano: os lobisomens. Sendo um remake, e dada a percentagem de filmes que têm obtido sucesso com esta fórmula, a manobra de erro era bastante pequena. Apesar de não ser um filme perfeito, The Wolfman obtém os seus pontos positivos nos efeitos especiais, no excelente ambiente negro em que o mesmo está envolvido e na banda sonora que acompanha todas as cenas de forma bastante competente. Com um elenco bastante atractivo, o destaque vai para o trio masculino composto por Benicio Del Toro, Anthony Hopkins e Hugo Weaving que conseguem ter desempenhos bastante positivos. The Wolfman apesar de certas incoerências na história (digamos que o final é um pouco ridículo) merece ser visto nem que seja pelo excelente ambiente de tensão que gera na sala de cinema. Para terminar gostaria de realçar a excelente atmosfera que se vive no Cinema São Jorge e a diferença que existe entre este e as salas de cinema em centros comerciais.
 
Nota Final: 7/10
 
 
Mafalda: Primando pelos efeitos especiais (a transformação de Del Toro é simplesmente soberba), "The Wolfman" perde algum do seu fulgor inicial pelo desenvolvimento pouco coerente de uma história que é, já de si, demasiado simples. Claro que podemos sempre atribuir as incoerências detectadas na narrativa à mudança de editores que o projecto sofreu, depois de uma avaliação pouco abonatória por parte dos estúdios da Universal. Por isso, não se admire o espectador ao encontrar alguns elementos sem nexo nesta película que ganha em boas interpretações mas perde num final inusitado e demasiado cliché (sequela a caminho?). Vale pelo ambiente recriado, e por uma fotografia pautada em tons maioritariamente mortos. E claro, pela quebra em filmes de conduta vampiresca! Uma lufada de ar fresco mas que tinha potencial para mais.
 
Nota Final: 7/10
 

 


Sexta-feira, 12 de Fevereiro de 2010

Sexta a 3 - Precious: Based on the Novel Push by Sapphire (2009)

 
Clareece Jones, ou simplesmente Precious, é um daqueles casos de vida (agora ficcionado) que persiste em existir no Mundo actual em que vivemos. Interpretada por Gabourey Sidibe, uma das nomeadas para o Óscar de Melhor Actriz, esta ‘vive’ a sua vida num completo inferno (tanto a nível psicológico, como a nível físico). Com apenas 16 anos de idade, Precious encontra-se grávida pela segunda vez, tendo sido vítima recorrente de abusos sexuais por parte do seu progenitor. Analfabeta , foi desde sempre levada a crer que nunca conseguiria aprender algo, e que a escola era somente uma forma de garantir algum rendimento à sua mãe, que a maltratava dia após dia.
 
A contrastar com esta terrível realidade, a jovem negra e obesa refugia-se no seu sonho de ser famosa e casar com um homem branco. Além disso, e principalmente, esta frequenta a turma de Miss Rain, uma professora que ensina o bê-a-bá da leitura e escrita, e que dará finalmente a conhecer o significado da palavra amor e amizade a Precious.
 
 
Diogo: Indiferença! Indiferença é o sentimento com o qual qualquer espectador (até os menos impressionáveis como eu) não pode ficar ao ver este filme. Este facto resulta essencialmente das excelentes interpretações do elenco em geral e das duas nomeadas aos Óscares em particular. A forma pura e dura de como a história é contada e filmada, representa fielmente todos os sentimentos e acções que o realizador (também ele nomeado) pretende imprimir: apatia, inveja, ignorâcia, crueldade, descriminação, violência…
 
Nota Final: 8.5/10
 
 
Hugo: Precious é um filme que reproduz uma realidade de forma nua e crua que todos nós tentamos fazer de conta que não existe: a violência que muitas crianças sofrem por esse mundo fora. Lee Daniels tenta reproduzir de forma literal o que se sente ao ler o livro Push by Sapphire e embora não se possa criticar as intenções do inexperiente realizador, a verdade é que existem alguns exageros na forma como a história se desenrola. Em relação aos aspectos técnicos, o ambiente em Precious é muito bom e em algumas cenas parece que estamos a levar um murro no estômago, mas acaba por ser um pouco prejudicado na forma como este é filmado. Gabourey Sidibe, Mo'Nique e Paula Patton têm desempenhos excelentes e passam para o espectador um realismo ímpar. Mariah Carey e Lenny Kravitz têm um agradável participação e abrilhantam ainda mais o filme. De uma forma geral Precious merece ser nomeado para os Óscares deste ano pois no campo dramático, 2009 foi algo atípico quando comparado com o ano anterior, mas sinceramente acho que Star Trek merecia bem mais estar entre os 10 nomeados.
 
Nota Final: 7/10
 
 
Mafalda: “Precious” é um filme indie bastante simples a nível técnico, mas que apresenta um argumento realista e impressionante. Sem se deixar cair no melodrama fácil, é uma adaptação cinematográfica que se consegue evidenciar pelas suas interpretações, que revelam uma total entrega por parte de todos os actores. De referir ainda um dos pontos mais altos da fita (a cargo de Mo'Nique, Gabourey Sidibe e uma curiosamente competente Mariah Carey) que é o frente-a-frente de mãe e filha, questionadas sobre os abusos sexuais a que a jovem de 16 anos foi submetida por parte do pai. Resta agora esperar a avaliação da Academia perante esta  lição de vida a que não devem deixar de assistir, e que se apresenta com 6 merecidas nomeações aos Óscares, incluindo Melhor Filme.
 
Nota Final: 8 / 10
 

 


Sexta-feira, 5 de Fevereiro de 2010

Sexta a 3 - The Men Who Stare at Goats (2009)

 

 
George Clooney interpreta Lyn Cassidy, um ex-militar pertencente a uma divisão, no mínimo diferente.  Esta a nada se assemelha aos princípios mais duros e rigorosos a que a carreira exige, mas tem sim um treino especializado com o intuito de promover a paz através do uso de poderes psíquicos. Desde logo, Cassidy se destaca dos restantes e volta agora a estar integrado numa 'missão'.
 
Assim, os "Jedi Warriors" (como ficaram conhecidos) vão dar a conhecer a sua história, até ao momento secreta,  através do jornalista Bob Wilton (Ewan McGregor). Este, com o seu orgulho ferido devido ao facto da sua mulher o teu trocado por outro, atreve-se de forma destemida, a ir para o Iraque em plena época de ocupação norte-americana, à procura de alguma glória, de alguma reportagem que catapulte a sua moral para bem alto.
 
Será graças ao encontro fortuito entre estes dois e consequentes aventuras que este consegue a sua tão almejada história? Ou haverá algo maior e superior que o marcará permanentemente?
 
 
 
Diogo: Os 'Guerreiros Jedi' liderados por George Clooney  na sua interpretação carismática, prometiam através do seu trailer, levar a sua missão até ao fim: proporcionar bons momentos de humor. A verdade é que este filme nunca consegue atingir um patamar elevado... pelo menos não de uma forma regular. The Men Who Stare at Goats, não tendo um forte argumento, deveria por outro lado aproveitar de melhor forma as cenas em que não se pedia que fizesse esboçar sorrisos, mas sim hilariantes gargalhadas.. Faltou o 'passo' em frente.
 
Nota final: 6.5/10
 
 
Hugo: Aqui está um daqueles filmes que prova que um excelente elenco não é sinónimo de bom filme. O principal erro deste filme passa por um realizador relativamente desconhecido e sem experiência ter que produzir um filme com uma história sem grande profundidade e com ela ter que fazer brilhar os grandes actores que fazem parte deste filme. Com estes factores não há filme que consiga brilhar nas salas de cinema. Nem a contínua referência a Star Wars (uma das minhas sagas preferidas) consegue salvar a mediocridade desta comédia (?). Potencial? Muito. Resultado final? Fraco.
 
Nota final: 5/10
 
 
Mafalda: As expectativas que levei para a sala de cinema eram altas mas saí defraudada. Um par de interpretações menos conseguidas, o desenvolvimento demasiado rápido da acção e o argumento com fraca conclusão deixaram-me com um sabor amargo após a sua visualização. Porém, não posso deixar de destacar algumas das “piadas” do filme e referências a elementos da cultura actual, nomeadamente a “Star Wars” e a “Silence of The Lamb”. Arrancou risos, é certo, mas não é só disso que vive o bom cinema.
 
Nota Final: 6/10
 

 


Quinta-feira, 4 de Fevereiro de 2010

Sexta a 3 - Apresentação

 
A partir de amanhã o Golden Ticket apresenta mais uma rubrica semanal com o intuito de diversificar ainda mais o nosso blog.
 
Todas as quintas, os críticos habituais do GT vão ao cinema ver uma das estreias semanais. O objectivo é simples: dar a conhecer as nossas opiniões (por mais divergentes que sejam) sobre determinado filme.
 
 
O cinema não é feito de uma só cor... é de várias!! A comprovar a partir de amanhã, e todas as sextas no Golden Ticket.
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